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Catfish: o que é e como se proteger

Você sabe o que é catfish? Ganhando espaço nas redes sociais, esse golpe clássico tem se tornado mais e mais popular na atualidade. Por isso, é de suma importância saber identificá-lo e, claro, aprender como se proteger contra ele para não cair nas garras de scammers e cibercriminosos. Neste artigo, apresentamos isso e muito mais.

Catfish: o que é e como se proteger

O que é catfish?

Definição de catfish

Catfish é um tipo de golpe virtual baseado no uso de identidade falsa na internet, geralmente em redes sociais ou plataformas de namoro online, para enganar as vítimas.

É parte fundamental de muitos golpes de love scam (golpe de namoro ou golpe amoroso).

Fingindo ser uma pessoa diferente, os praticantes de catfish usam nomes, fotos e informações falsas para manipular seus alvos, muitas vezes se aproveitando de suas fragilidades emocionais para extrair deles dinheiro ou bens materiais.

O termo catfish vem do inglês e significa “peixe-gato”. A palavra é uma gíria usada para designar pessoas com intenções ruins que criam perfis fakes para enganar vítimas usando de artifícios emocionais e, não raramente, tirando dinheiro e outras vantagens delas.

Assim, catfish é um tipo de cybercrime que é mais comumente aplicado em redes de relacionamentos e paquera (como o Tinder, por exemplo – confira como excluir conta do Tinder), sites de encontros, fóruns e outros meios virtuais.

Como o catfish funciona?

O golpe do catfish pode envolver várias etapas que permitem aos criminosos criar e manter uma persona falsa para enganar suas vítimas. Entre os passos mais comuns, destacam-se:

  • Criação de uma identidade falsa. De início, os golpistas inventam um perfil fake, escolhendo todos os elementos que vão compor a nova personalidade, como nome, idade, ocupação e hobbies. Eles também escolhem cuidadosamente as fotos que serão usadas, muitas vezes as roubando de outras pessoas da internet.
  • Escolha do alvo. A seguir, os criminosos selecionam suas vítimas, priorizando indivíduos que pareçam emocionalmente vulneráveis e solitários. Essa seleção costuma ocorrer em redes sociais, sites de namoro ou mesmo em fóruns online.
  • Primeiro contato. Tendo o alvo em mente, os praticantes de catfish enviam mensagens, solicitações de amizade ou outras formas de contato com a vítima, tentando sempre chamar a atenção dela. Para isso, usam de técnicas de sedução, como elogios, menções a interesses em comum ou comentários estrategicamente formulados para cativar o alvo.
  • Confiança e conexão emocional. Após o primeiro contato, é hora de investir tempo e muito esforço para manter a comunicação e, gradualmente, estabelecer um relacionamento com a vítima. Os criminosos compartilham histórias pessoais e demonstram carinho e afeição para envolver o alvo e ganhar sua confiança.
  • Manutenção da ilusão. Para manter a mentira viva, os golpistas usam várias desculpas para não participarem de videochamadas nem encontros em pessoa, como inseguranças pessoais, baixa qualidade da conexão ou problemas com a câmera. Assim, a vítima se vê impedida de descobrir a real identidade da pessoa com quem conversa.
  • Hora de explorar. Uma vez que o alvo se encontra emocionalmente envolvido, os criminosos podem explorar o relacionamento para obter vantagens pessoais. Indo desde manipulações para validação emocional até ganhos financeiros, os praticantes de catfish não têm pudor em pedir (ou até mesmo exigir) presentes, dinheiro ou favores às vítimas sob ameaças e chantagem emocional.
  • Verdade e desilusão. No fim, depois de muita exploração e suspeitas por parte da vítima, a verdadeira identidade do golpista pode vir à tona. Isso pode levar a um enorme choque, sofrimento emocional e, claro, ao fim do relacionamento.

Por que as pessoas fazem catfish?

Os motivos que levam as pessoas a se engajarem no golpe do catfish vão desde interesses fraudulentos até a manifestação de inseguranças pessoais. Mais comumente, os indivíduos se envolvem com essa prática porque:

  • Eles querem conversar com outras pessoas, mas são inseguros sobre si mesmos: em geral, quem faz catfish são pessoas solitárias que criam perfis para se conectar com outras pessoas. É um jeito de criarem conexões humanas enquanto fingem ser outra pessoa. Em muitos casos, estas pessoas não aplicam golpes financeiros, mas as vítimas podem se sentir enganadas e iludidas.
  • Eles querem praticar cyberbullying com a proteção do anonimato: muitos também usam do anonimato para praticar bullying virtual. Estas pessoas criam perfis falsos, acessam detalhes íntimos das vítimas e usam estas informações para assediá-las, algumas vezes também fora da internet, inclusive em conjunto com práticas de blackmail (chantagem) e doxxing. Usar perfis falsos aumenta a sensação de poder e impunidade.
  • Estas pessoas querem vigiar e espionar alguém: muitas pessoas criam perfis falsos para “testar” a fidelidade de um(a) parceiro(a) ou para vigiar alguém com quem tenham uma relação próxima sem que a pessoa saiba.
  • Elas querem ganhar dinheiro: também há muitas pessoas que usam o catfish para tirar dinheiro das vítimas. Muitos colocam anúncios de falsos sites de encontro e paquera onde as vítimas fornecem informações de cartão de crédito e outros dados bancários. E, em vários casos, usam perfis falsos para se aproximar das vítimas, ganhar a confiança delas e fazer com que depositem valores em dinheiro, sempre usando de artifícios emocionais e psicológicos. Dependendo do tipo de golpe, a pessoa pode ter inúmeros prejuízos financeiros, inclusive ter o cartão clonado.
  • Eles têm interesses diversos com a vítima: os golpistas podem ser qualquer pessoa e nem sempre são anônimos desconhecidos da internet. Há muitos casos de pessoas próximas que já eram conhecidas pelas vítimas e usavam perfis falsos para várias finalidades.

Exemplos reais de catfish

Nos últimos anos, alguns incidentes de catfish se tornaram emblemáticos na mídia. Aqui estão alguns exemplos reais desse golpe online:

  • Roberto Cazzaniga e “Alessandra Ambrósio”. Jogador profissional de vôlei na Itália, Cazzaniga passou 15 anos acreditando que namorava a supermodelo brasileira Alessandra Ambrósio. Apontado como tímido e ingênuo pelos colegas de time, Roberto chegou a fazer depósitos bancários que somaram 700 mil euros aos estelionatários.
  • Vera Gimenez. A mãe da apresentadora Luciana Gimenez foi vítima de um golpe pelo WhatsApp, no qual os criminosos se passaram por sua filha e pediram que ela emprestasse dinheiro. A fraude resultou numa perda de 50 mil reais.
  • Manti Te’o. Em 2012, a namorada virtual do jogador de futebol Manti Te’o supostamente sofreu um acidente e morreu. Te’o ficou profundamente abalado com a situação e citou a tragédia em inúmeras entrevistas. No ano seguinte, contudo, numa reviravolta digna de novela, alguns jornalistas foram investigar o caso e descobriram que, na verdade, sua namorada nunca existiu e que o jogador havia sido vítima de catfish por um fã.
  • Thomas Gibson. Estrela do seriado Criminal Minds, Thomas Gibson teve um caso com uma fã que conheceu pelo Twitter por 2 anos. Durante esse período, os dois trocaram inúmeras fotos e vídeos sensuais. O problema é que, além de a moça não ser quem dizia ser e suas fotos serem imagens roubadas de sites pornográficos, a criminosa viria a chantagear o ator ameaçando publicar as mídias que ele lhe havia enviado.

Os perigos do catfish

O golpe do catfish traz consigo inúmeras ameaças que abrangem desde danos financeiros e emocionais até a ocorrência de práticas fraudulentas com seu nome. Abaixo estão os perigos mais comuns:

  • Perdas financeiras: os criminosos podem induzir a vítima a fazer transferências bancárias sob alegações falsas, ameaças de exposição ou mesmo chantagem emocional, ocasionando prejuízos financeiros importantes, como aqueles vistos nos casos reais mencionados acima.
  • Infecção por spyware: os golpistas podem instalar spyware no seu dispositivo. Eles usam spyware para espionar as vítimas e monitorar as atividades online delas (o que pode incluir acesso à câmera do dispositivo, além de recursos de captura de áudio). Esse recurso pode ainda ser usado para roubar dados bancários.
  • Infecção por ransomware: Com ransomware, eles conseguem criptografar seus arquivos e bloquear o acesso ao seu dispositivo, exigindo pagamento de resgates para devolver o acesso. Se você usar um dispositivo do seu local de trabalho para se comunicar com catfishers, toda a rede da sua empresa pode ser comprometida. Muitos catfishers usam a aproximação com as vítimas e a confiança delas para comprometer empresas e grupos inteiros.
  • Danos psicológicos: vítimas de catfishing em geral se envolvem emocionalmente com os catfishers, relevando segredos, informações íntimas e compartilhando a vida delas. Então, mesmo que não haja perda de dinheiro nem danos materiais, estas pessoas saem emocionalmente destruídas deste tipo de golpe.
  • Danos físicos: confiar exageradamente em estranhos que você conhece pela internet pode ter consequências sérias. Muitos casos mais graves envolvem até mesmo ataques físicos, sequestros, abusos ou assassinato. É preciso se proteger online, e isto inclui especialmente crianças com acesso à internet.

Como descobrir se uma pessoa é catfisher?

Reconhecer um(a) catfisher não é muito difícil. Há vários sinais que, quando combinados, podem indicar que a pessoa com que você se comunica talvez não seja quem ela alega ser. Entre eles, temos:

Eles desaparecem quando confrontados

Se você perceber qualquer mentira e inconsistência e começar a questionar a pessoa e ela se afastar e sumir, há grandes chances de ser um(a) catfisher. Redes sociais são o local favorito para este tipo de golpe porque induzem as pessoas a acreditar em ficções (por isto, é essencial se proteger contra os perigos das redes sociais).

Eles insistem em usar um programa específico

Outro alerta vermelho é perceber que pessoa sempre insiste em usar um programa específico do qual você nunca ouviu falar. Muitos catfishers instalam malware para espionar as vítimas e qualquer software suspeito pode servir para esta finalidade. Opte por programas conhecidos como Skype, Zoom, Google Hangouts ou pela chamada do WhatsApp, por exemplo. Mantenha programas de Proteção contra ameaças sempre ativos e atualizados no seu dispositivo.

Fazem amizade rápido demais

Golpistas querem ganhar sua confiança e intimidade. E querem fazer isto rápido. Desconfie de qualquer pessoa que você conhecer online e que demonstre intimidade rápido demais, principalmente se elas quiserem que você compartilhe informações íntimas.

Elas escondem o rosto

Se você conversar com alguém que sempre inventa desculpas para não mostrar o rosto, principalmente em uma chamada de vídeo, ou se a pessoa nunca posta fotos no perfil (principalmente com outras pessoas), há grandes chances de você se comunicar com alguém que não é quem diz ser.

Eles têm fotos sempre perfeitas

Esse aspecto combina perfeitamente com o anterior. Se a pessoa se recusa a mostrar o rosto “ao vivo”, mas está sempre enviando ou publicando fotos dignas de um influenciador do Instagram, é muito provável que se trata de um caso de catfish.

Os perfis em redes sociais são estranhos

Fotos genéricas, listas de amigos vazias ou cheias demais, ausência de comentários em fotos e postagens ou poucas informações pessoais são alguns sinais que podem indicar que o perfil é falso e pertence a um(a) golpista. Se você desconfia de um perfil, salve alguma das fotos e pesquise no Google Images. Assim, você pode perceber facilmente se a foto pertence a outra pessoa (muitas vezes, golpistas usam fotos extremamente genéricas).

Eles se recusam encontros presenciais

Se você está num relacionamento virtual e a pessoa se recusa ou inventa mil desculpas a combinar um encontro presencial, alguma coisa não está certa. Note que é perfeitamente aceitável que alguém não se sinta seguro ou à vontade para se encontrar pessoalmente nos primeiros momentos de conversa. Mas depois de um longo tempo, a situação é algo suspeita.

Eles começam a falar em dinheiro

Muitos catfishers vão começar a falar em dinheiro de uma forma ou de outra. Eles pedem transferências para supostos tratamentos médicos, problemas familiares, situações de abuso, pagamento de empréstimos ou com a promessa de realizar um encontro presencial com as vítimas. Seja qual for a história, jamais forneça informações bancárias ou transfira qualquer valor para estas pessoas. Se o comportamento for agressivo após uma recusa, o sinal fica ainda mais claro.

Eles têm uma vida muito agitada e empolgante

Os golpistas normalmente fingem ter uma vida cheia de compromissos e aventura para atrair as vítimas e para ter desculpas para escapar de encontros em pessoa. Se a pessoa com quem você está falando parece viver como um astro de cinema, desconfie. Há uma boa chance de que tudo aquilo é uma mentira.

É muito importante sempre tomar cuidado com as pessoas que você conhece online, assim como no cotidiano. Da mesma forma que você não deve colocar uma pessoa estranha na sua casa, é essencial não abrir as portas virtuais da sua vida antes de ter segurança sobre a identidade de quem está do outro lado.

Proteja sua identidade na internet e não revele informações pessoais sem um mínimo de confiança e credibilidade por parte das pessoas com as quais você se comunica.

O que fazer se você cair num golpe de catfish?

Descobrir que você caiu num golpe de catfish pode ser traumático, mas é importante tomar algumas medidas imediatas para tentar minimizar os danos e se proteger. Aqui estão algumas sugestões do que você deve fazer:

  1. Avalie a situação. É importante tomar um tempo para organizar seus pensamentos e emoções antes de fazer qualquer coisa. Para lidar adequadamente com a situação, é preciso ter uma mente clara e calma.
  2. Corte o mal pela raiz. Interrompa toda forma de comunicação com o golpista. Após descobrir que as conversas passadas eram baseadas em mentiras, é melhor não dar oportunidade para o criminoso causar ainda mais danos.
  3. Guarde os recibos. Mantenha os registros e provas da ocorrência. Capturas de tela, e-mails, fotos e demais detalhes podem ser essenciais na hora de relatar o golpe às autoridades.
  4. Previna novas vítimas. Se você conheceu o golpista em uma plataforma de rede social, notifique os administradores, forneça a eles provas da situação e evite que outras pessoas também caiam na mesma armadilha.
  5. Contate as autoridades. Relate o incidente às autoridades policiais da sua região, especialmente se o golpe de catfish ocasionou perdas financeiras. Forneça a eles as provas que você coletou e peça orientação sobre como proceder.
  6. Busque ajuda. Às vezes, o catfish pode ter impactos profundos no psicológico das vítimas. É fundamental contar com um apoio profissional para lidar com essa experiência traumática e cuidar do seu bem-estar mental e emocional durante esse período difícil.
  7. Seja gentil consigo mesmo. Lembre-se de que o ocorrido não é sua culpa e que você não está sozinho. Milhares de pessoas são vítimas desse golpe todos os dias. O importante é cuidar de si mesmo e se reerguer mais forte após o incidente.

Como se proteger contra catfish?

Você pode adotar algumas práticas e cuidados que vão te ajudar a se proteger melhor contra a prática de catfish.

  • Se você usa qualquer app de relacionamento, rede social, fórum ou qualquer plataforma onde haja interação entre os usuários, é muito importante tomar cuidado com perfis falsos.
  • Quando se comunicar com uma nova pessoa online, verifique se a pessoa tem perfis em redes sociais (como Facebook, Instagram, Twitter e afins). Isto já permite ter uma base para saber se você está falando com alguém que usa uma identidade real.
  • Use buscadores de imagens (como o Google Images) para pesquisar se as fotos do perfil estão disponíveis em outros lugares. Assim, você pode saber melhor se elas pertencem a outras pessoas ou se fazem partes de bancos genéricos de fotos.
  • Tente obter informações como nome completo, endereço e algum telefone. Também peça para fazer uma ligação ou uma chamada, preferencialmente por vídeo. Quem pratica catfish tenta evitar ao máximo este tipo de chamada onde a identidade real tem que ser exibida.
  • Se a pessoa pedir dinheiro ou qualquer benefício financeiro, jamais faça depósitos. E não importa o quanto a história seja mirabolante.
  • Não compartilhe informações pessoais com estranhos. Tenha cuidado ao fornecer detalhes sobre sua vida a pessoas que você acaba de conhecer. Uma boa dose de cautela vai afastar potenciais golpistas.
  • Tome cuidado com os contatos por meio das redes sociais. Seja criterioso ao aceitar solicitações de amizade de pessoas que você não conhece e que não possuem nenhum contato em comum com você.
  • Informe-se mais sobre o catfish. Quanto mais você conhecer sobre esse golpe, melhor equipado estará para detectar e lidar com potenciais golpistas que entrarem em contato com você.
  • Tome cuidado com ambientes de metaverso. Com a expansão dos ambientes virtuais e a integração cada vez mais significativa do mundo virtual no nosso cotidiano, os golpes de catfishing ganham cada vez mais possibilidades de se desdobrar – e a expansão do metaverso já abre um debate sobre isto. Mas, o que é metaverso? Metaverso é, em teoria, o próximo estágio de evolução da internet com um nível elevado de integração entre espaços físicos e virtuais, o que pode transformar os golpes de catfish em ameaças ainda mais graves e dar mais recursos aos criminosos para obter informações das vítimas e agir de modo ainda mais invasivo.

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