A palavra inglesa “bloat” refere-se a algo “inchado” ou “entumecido” e é geralmente aplicada quando uma pessoa se sente mal depois de ter comido demasiado a uma refeição. “Bloatware” é um software que remete para esta imagem: software desnecessário para o computador (ou telemóvel ou tablet) e que faz com que o seu desempenho seja mais lento e pesado. Pode tratar-se de software pré-instalado no seu aparelho, que seja instalado maliciosamente por terceiros, ou simplesmente software que tenha deixado de ser útil.
Agnė Augustėnė
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O bloatware “nativo” vem pré-instalado no seu aparelho por vários motivos:
O bloatware “nativo” pode ser útil e benéfico, se o utilizador entender que pode tirar partido dele. Já o bloatware descarregado maldosamente por ação de terceiros, desconhecido, é prejudicial.
A definição de bloatware, no caso dos programas que são instalados pelo fabricante do hardware ou pelos updates do sistema operativo, é fluida. Depende da utilização que o cliente dele faça (ou não). É mais fácil identificar software instalado por iniciativa de hackers como algo a ser eliminado – mas pode não ser fácil detetá-lo. Vejamos os sinais de alerta a que se deve estar atento:
Para os programas que não se “deixem” desinstalar desta forma, pode usar-se a Refresh Tool do Windows 10, disponível para descarregamento nesta página. Em seguida, pode escolher se quer manter os ficheiros pessoais ou formatar inteiramente o sistema, seguindo por fim as instruções.
São mais difíceis de encontrar e potencialmente mais caros, mas é possível comprar computadores Microsoft Signature que vêm isentos de bloatware. São mais caros precisamente porque as parcerias com fabricantes de software permitem ao fabricante do hardware baixar os preços.
Atenção: não deve apagar software que seja essencial para o funcionamento do aparelho, ainda que pareça não ser essencial. O mesmo é válido para os sistemas operativos seguintes.
Desinstalar totalmente aplicações do Android pode ser realmente difícil e/ou levar ao mau funcionamento do sistema. Por isso, indicamos como desligar (em vez de desinstalar) apps indesejadas.
A app continuará a ocupar espaço em disco, mas já não será executada em “background” nem irá usar a memória RAM do telemóvel.
Formatar o sistema operativo e instalá-lo de raiz permitirá escolher quais as apps que serão instaladas. Porém, esta opção deve ser seriamente ponderada, pesando os riscos. A formatação por iniciativa do cliente, em geral, inutiliza a garantia do vendedor. Caso o utilizador não esteja totalmente seguro do procedimento, poderá deixar o aparelho mais instável, inseguro ou até mesmo inutilizado.
Tal como referimos para o Android, a prática de desbloquear o iPhone – o chamado jailbreaking – dá mais poder ao utilizador para fazer alterações mas comporta riscos para a segurança e estabilidade quer do software quer do hardware.
Relativamente ao bloatware que vem pré-instalado com o computador ou telemóvel, ou que é legalmente instalado durante um update (ainda que o utilizador possa considerar abusiva tal instalação), não há muito a fazer em termos de prevenção. De qualquer forma, este bloatware legal (pese a possibilidade de recolha de dados pessoais de utilização do cliente) é menos lesivo para os direitos do cidadão que o bloatware ilegal e instalado por iniciativa de cibercriminosos.
A melhor forma de evitar o bloatware “externo”, mais agressivo, é pela prevenção:
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