Quem é que monitora suas atividades?
A grande maioria das pessoas de todos os países se preocupa mais com monitoramentos por criminosos. Entre os usuários brasileiros entrevistados, 68% dizem que se preocupam com o monitoramento feito por criminosos e 32% sentem receio em relação ao rastreamento feito pelo governo.
Suas atividades pessoais podem ser monitoradas por qualquer pessoa com conhecimento suficiente e meios para realizar isto. Agências de governo e cibercriminosos não estão sozinhos: grandes empresas de dados, redes sociais e até mesmo pessoas próximas podem acompanhar seus rastros online.
Como o monitoramento é feito?
Quando perguntadas sobre os meios usados para saber o que elas fazem online, a maioria das pessoas demonstra preocupação com relação aos smartphones.
Esta é uma preocupação válida. Afinal, nós usamos smartphones todos os dias, praticamente o tempo inteiro. Seja para trabalhar, se divertir, manter contato com amigos e familiares, fazer compras online e praticamente qualquer outra coisa, nossa vida é cada vez mais online.
No Brasil, nossa pesquisa mostrou que 84% dos usuários entrevistados acreditam que podem ser monitorados através do smartphone, 56% através de um computador desktop e 27% por uma SmartTV. Os menores índices são os dos dispositivos inteligentes: 14% dos usuários brasileiros se preocupam com monitoramento pelo smart watch e 18% através de dispositivos como a Alexa.
Apesar de só 16% dos brasileiros entrevistados se preocuparem com o rastreamento feito por empresas, elas são grande parte da ameaça à privacidade online. Gigantes como Facebook e Google são conhecidas por coletar, armazenar e monitorar informações e atividades dos usuários, e elas não são as únicas.
Quem rastreia o que você faz online?
Se a questão é qual é o aplicativo, plataforma ou rede social invasivo contra a privacidade online, mais de 67% dos entrevistados no Brasil mencionam o Facebook, 50% o Instagram e 52% o WhatsApp (e os três aplicativos pertencem ao mesmo grupo). Os menores índices ficam com Airbnb (3%) e Spotify (5%).
O Google Maps foi mencionado por 27% das pessoas entrevistadas e só 6% delas não se preocupam com nenhum dos aplicativos mencionados.
O que eles fazem com suas informações?
Em relação ao que é feito com uso dos dados, atividades e informações pessoais coletados, 50% dos brasileiros afirmam que as informações pessoais talvez sejam usadas por redes sociais, 44% para publicidade, 44% por websites (para métricas internas) e 33% por cibercriminosos (para roubo de identidade, fraude, entre outros).
Outro dado interessante é que 38% dos entrevistados no Brasil acreditam que os dados pessoais são vendidos para outras empresas.
Você tem medo de ser vítima de hacking?
É natural que as pessoas sintam medo de terem informações bancárias, financeiras e outros dados sensíveis roubados por hackers. Usuários de todos os países entrevistados afirmam evitar fazer compras, usar cartões de crédito ou acessar apps bancários enquanto estão conectados a uma rede pública de Wi-Fi.
Entre os brasileiros, o maior medo é o do vazamento de senhas (60%), seguido de perto pelo receio do roubo de informações bancárias (58%). Só 2% dos usuários entrevistados no Brasil afirmam não ter qualquer tipo de receio ou medo em relação às incidências de cibercrime como roubo e vazamento de dados pessoais.
O Wi-Fi ‘‘grátis’’ oferece muitos riscos
Em geral, acessar uma rede Wi-Fi exige algumas informações pessoais, como endereço de e-mail, número de telefone ou autenticação em mídias sociais. Estas informações podem ser usadas para saber mais sobre seus hábitos e preferências, o que permite categorizar diferentes tipos de públicos e enviar anúncios específicos para o seu perfil.
Muitas redes públicas de Wi-Fi não exigem qualquer autenticação, o que te deixa mais vulnerável a ciberataques (como ataques de man-in-the-middle, phishing e outras atividades que permitem aos hackers monitorar tudo o que você faz online).
A maioria dos usuários se preocupam com dados financeiros e isto se reflete nos hábitos das pessoas quando elas se conectam a estas redes públicas de Wi-Fi, menos confiáveis.
Só 17% dos usuários brasileiros afirmam usar redes Wi-Fi diariamente – e mais de 31% dizem que nunca usam redes abertas de Wi-Fi.
Mas 39% já usaram redes sociais com login automático, 24% usaram apps bancários e 34% entraram em contas pessoais de e-mail enquanto conectados a uma rede pública de Wi-Fi – o que acompanha a média mundial dos entrevistados, que ficou em 40%.
Como garantir mais privacidade
Apesar de sempre sermos monitorados de um jeito ou de outro quando estamos online, há algumas maneiras de melhorar sua privacidade online e ficar menos suscetível aos rastreamentos online feitos por terceiros e minimizar estas ações intrusivas.
Use uma VPN
Entre os usuários brasileiros entrevistados, 74% sabem o que é uma VPN e 33% dizem que usam VPN.
Com uma VPN, você esconde seu endereço de IP real e sua localização, o que te protege mais contra terceiros (inclusive seu provedor de internet, cibercriminosos, administradores de rede, anunciantes e outros agentes e grupos).
Com uma VPN, seu tráfego de dados fica criptografado e mais protegido, o que te garante mais privacidade e segurança.
Use navegadores mais privativos
Com navegadores que respeitam mais sua privacidade, você se expõe menos e se torna menos suscetível aos recursos e mecanismos usados para rastrear suas ações online.
Evite o Google
O Google rastreia e armazena uma quantidade imensa de usuários do mundo inteiro, inclusive você. Então, sempre que possível, opte por outros mecanismos de busca e provedores de e-mail menos invasivos.
Tenha cuidado com o que você compartilha
Não exponha informações desnecessárias nas mídias sociais. Tudo o que você revela sobre sua vida pode ser extremamente útil para cibercriminosos.
Metodologia da pesquisa
Para ter uma compreensão melhor sobre como os usuários ao redor do mundo se sentem sobre monitoramento online, nós fizemos uma pesquisa via CINT em 12 de abril de 2021. Nela, 7800 pessoas foram entrevistadas – 800 usuários na Espanha e 1000 usuários em cada um dos outros países incluídos na pesquisa, como Austrália, Canadá, França, Alemanha, Polônia, Holanda e Estados Unidos. No Brasil a pesquisa decorreu durante o período de 12/08/2022 a 18/08/2022. Os participantes também foram categorizados por gênero, faixa etária e local de residência.
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