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Exploit: o que é, tipos de exploit e como se proteger

Saiba mais sobre o que é um exploit, quais os principais tipos e categorias de exploits e como eles prejudicam sua segurança online e, claro, como se proteger da melhor maneira possível contra este tipo de ciberameaça.

Exploit: o que é, tipos de exploit e como se proteger

O que é exploit?

Definição de exploit

Exploits são códigos, pacotes de dados ou programas projetados para tirar vantagem de vulnerabilidades, bugs e erros de sistemas.

No Brasil, o termo exploitar é muito usado para se referir à ação de tirar proveito destes erros e falhas dos programas, aplicativos, websites e sistemas.

Os hackers utilizam exploits com propósitos maliciosos. Através dos exploits, um hacker pode instalar malware em um dispositivo e executar ações maliciosas contra a vontade da vítima (como roubar senhas e dados, alterar configurações, instalar ransomware, criar backdoors, entre outras coisas).

Exploit também designa o processo de utilizar as vulnerabilidades de um sistema para atacar pessoas, empresas ou organizações e obter acesso não-autorizado aos sistemas para injetar vírus. O objetivo de um exploit é violar a Tríade CIA (confidentiality, integrity and availability – confidencialidade, integridade e disponibilidade), os três pilares básicos das práticas de segurança online e de proteção dos dados, que define que os dados das pessoas devem ser mantidos em confidencialidade, com integridade e disponíveis apenas para pessoas com acesso legítimo.

Além disto, os exploits podem afetar vários níveis dos ambientes digitais. Eles podem usar vulnerabilidades tanto de hardware quanto de software, interceptar redes ou permitir a execução de ataques cibernéticos com o uso de táticas de engenharia social. Eles também podem ser executados offline, quando um cibercriminoso consegue acesso ao ambiente físico no qual um dispositivo se encontra e, assim, utilizar as vulnerabilidades de hardware e software sem precisar de nenhuma conexão com a internet.

Exploit é um termo bastante amplo e engloba vários tipos de ciberataques, inclusive ataque DDoS, que prejudicam ou até mesmo interrompem serviços e atividades. Eles geram imensos prejuízos financeiros, de infraestrutura e também psicológicos com os vários efeitos causados pelo roubo e exposição de dados pessoais, o que faz com que eles sejam uma das principais ciberameaças da atualidade.

Vulnerabilidades versus exploits

Apesar de parecidos, estes termos não designam as mesmas coisas. Vulnerabilidades são pontos fracos em um sistema, pontos que podem ser descobertos por hackers, enquanto exploit designa o ato de usar estes pontos fracos para injetar malware ou acessar sistemas de forma ilegal. Uma vulnerabilidade pode existir sem que seja explorada. Ou seja: todo exploit é uma exploração de uma vulnerabilidade, mas nem toda vulnerabilidade é usada para um exploit.

Muitas vezes, os hackers usam kits de exploits para descobrir vulnerabilidades. Estes kits usam software que pode detectar vulnerabilidades em sistemas. Depois de verificar um dispositivo e descobrir estas fraquezas, o kit de exploit pode injetar malware nele. Em muitos casos, os kits de exploit são usados para disseminar ransomware.

Existe um período entre o lançamento de um software ou hardware, a identificação de falhas e a correção delas. Neste período é que a maioria das vulnerabilidades são descobertas e usadas pelos cibercriminosos como exploits. E até mesmo quando os desenvolvedores descobrem os erros nos programas e lançam patchs (atualizações) para corrigi-los, muitos usuários podem continuar vulneráveis ao não fazer estas atualizações e continuar com as versões bugadas.

Exploits e Malware: eles são a mesma coisa?

Exploits e malware não são a mesma coisa. Exploit é a ação de utilizar uma vulnerabilidade para cometer ataques cibernéticos e malware (malicious software, ou programa malicioso) designa todo tipo de código criado com propósitos maliciosos.

Muitos cibercriminosos podem usar malware para aproveitar falhas e vulnerabilidades em exploits. Se um sistema desatualizado facilita alterar configurações de administrador, um cibercriminoso pode aproveitar esta brecha para usar um exploit e instalar malware no sistema que também sirva para registrar tudo que a vítima digita no teclado (um keylogger) e descobrir suas senhas, por exemplo.

Assim, o malware é um recurso que pode ser usado para ampliar os danos e ações nocivas através de exploits, mas não são a mesma coisa que um exploit em si.

Nós podemos entender os exploits como uma falha de segurança e o malware como uma arma para atacar estas fraquezas de forma mais agressiva.

Como os ataques de exploit funcionam

Como os ataques de exploit são bastante variados e abrangem toda uma gama de ataques cibernéticos, é difícil determinar um único processo de execução para eles. Mas há um padrão observável que nós podemos traçar para todos ou quase todos os ataques de exploit.

Os exploits atuam como a identificação de brechas e falhas na arquitetura de hardware e software, permitindo a utilização destas brechas de segurança para a execução de ciberataques para afetar os programas, sistemas, redes e dispositivos nos quais estas falhas são encontradas. Depois que estas falhas são encontradas, há vários ciberataques que podem ser executados.

Os exploits podem ser executados através de EoP (Escalation of Privileges, ou ‘’escalonamento de privilégios’’), que invade um sistema em busca de permissões administrativas, recursos e dados que usuários com níveis mais limitados de acesso não conseguem contactar.

No spoofing, os cibercriminosos criam endereços falsos de IP (internet protocol, ou ‘’protocolo de internet’’) para causar interferências na comunicação entre os servidores.

Eles também podem agir através de ataques de DoS (Denial of Service, ou negação de serviço), causando um fluxo imenso de tráfego para prejudicar, impedir ou até mesmo interromper totalmente o funcionamento de um sistema, servidor, rede, plataforma ou dispositivo, impedindo que os usuários utilizem o serviço ou conteúdo afetado.

Há também os cracks, que burlam mecanismos de segurança e habilitam programas limitados para o uso indeterminado. Eles são muito disseminados em versões pirateadas de software e sistemas operacionais. Apesar de que nem todos afetam negativamente os usuários, muitos programas piratas vêm com malware instalado, o que facilita ciberataques contra as pessoas que utilizam estes recursos.

Tipos de exploits

De forma similar ao que ocorre com outros tipos de ciberataques, os exploits podem ser categorizados em grupos diferentes. O modo mais comum de classificação é o de vulnerabilidades conhecidas e exploits do tipo zero-day:

Vulnerabilidades conhecidas

São as vulnerabilidades listadas na CVE (Common Vulnerabilities and Exposures, ou Vulnerabilidades e Exposições Comuns), um índice para listar vulnerabilidades e corrigi-las. Entretanto, quando estes erros não são corrigidos, cibercriminosos podem acessá-los e usá-los como exploits. E, mesmo que a vulnerabilidade seja corrigida através de atualizações, usuários que não fazem os updates ainda podem ser afetados.

Exploit zero-day

Um exploit do tipo zero-day é um exploit que ainda não foi descoberto pelos desenvolvedores. São exploits que ainda não puderam ser corrigidos pelos desenvolvedores, mas que são descobertos e que podem ser usados para propósitos maliciosos.

Quando os cibercriminosos descobrem estes pontos fracos, eles não divulgar estas falhas para que elas sejam corrigidas. Pelo contrário: eles os mantêm em segredo para aproveitar ao máximo os potenciais de exploits.

Exploit remoto

Estes exploits são executados em uma rede de internet e exploram falhas sem a necessidade de um acesso prévio ao sistema afetado. Eles podem ser executados contra vários usuários simultaneamente. Por exemplo: um cibercriminoso pode escanear um servidor remotamente, conseguir acesso a ele e, aí, usar um exploit local para injetar malware.

Exploit local

Esta categoria de exploits requer acesso prévio ao sistema vulnerável e aumenta os privilégios administrativos do cibercriminoso.

Exploit de cliente

Os exploits de cliente envolvem interação direta com o dispositivo que será atacado. No geral, estes exploits são executados através de estratégias de engenharia social. Nestes casos, os hackers criminosos podem entrar em contato com as vítimas, se passar por alguém (como representantes ou funcionários de uma empresa, por exemplo) e convencê-las a informar dados pessoais e até mesmo senhas.

Exploit de Spoofing

São exploits colocados em programas maliciosos que se disfarçam de programas legítimos. Eles são muito usados para monitorar as ações das vítimas e permitir aos cibercriminosos espionar e roubar as informações das pessoas.

Exploit privado

São exploits vendidos em grupos com acesso restrito, geralmente localizados em fóruns específicos ou na Deep Web/Dark Web.

Exploit público

São exploits vendidos em grupos com acesso público, geralmente localizados em fóruns específicos ou comunidades de segurança com acesso aberto a todos.

Exploit BlueKeep

É um tipo específico de exploit bastante famoso ao explorar falhas no RDP (Remote Desktop Protocol, ou ‘’protocolo remoto de desktop’’), usado pela Microsoft. Ele permitia aos cibercriminosos realizar acessos remotos nos computadores das vítimas.

Exploit de DoS/DDoS

São exploits que usam brechas de segurança em programas que aceitam conexões remotas com o objetivo de causar sobrecarga de acessos e, assim, forçar a interrupção dos recursos afetados.

Exploits de cracks

São usados para burlar mecanismos de segurança de programas e sistemas operacionais pagos, permitindo o uso irregular dos mesmos.

Exploits de EoP

São exploits utilizados para explorar vulnerabilidades em sistemas operacionais e conceder privilégios administrativos aos cibercriminosos, ampliando as possibilidades de ação deles.

Exploit WannaCry

Usado para infectar mais de 100000 computadores em mais de 150 países, o WannaCry criptografa e bloqueia os dispositivos afetados, deixando-os inacessíveis às vítimas. Ele não é mais considerado um exploit ativo, mas ainda pode afetar usuários de versões mais antigas de sistemas operacionais.

Exploit EternalBlue

Ainda ativo, o EternalBlue é outro exploit bastante disseminado. Ele usa uma vulnerabilidade encontrada no serviço de compartilhamento de arquivos e impressoras de versões desatualizadas do Windows e permite o acesso remoto e a execução de códigos maliciosos no sistema afetado.

Quanto custam os exploits?

Quando os cibercriminosos descobrem um exploit, eles em geral comercializam estas informações e métodos no mercado paralelo (em geral, na deep web e na dark web). Os valores dependem muito do tipo de exploit e do nível de complexidade da vulnerabilidade.

O Angler, por exemplo, foi comercializado por valores que iam de US$3500 a US$7000 dólares por mês. Como muitos dos exploits têm pouca duração (já que os erros mais sérios costumam ser identificados e corrigidos pelas empresas com bastante rapidez), eles podem ser vendidos por preços muito caros para compensar esta baixa durabilidade de utilidade deles.

Como identificar ataques de exploit

Ataques de exploit são muito diversos, mas há várias formas de identificar se você foi vítima de um ataque deste tipo. Os métodos mais fáceis para identificar ataques de exploit são a observação de atividades de arquivos suspeitos presentes em um sistema e uma verificação dos padrões de tráfego na rede.

Além disto, há alguns sintomas muito importantes que ajudam a identificar quando um ataque exploit ocorre e que podem ser indícios deste tipo de exploração de vulnerabilidades:

  • Perda de performance: se o seu dispositivo tiver uma queda de desempenho (como maior lentidão, demora para executar programas, travamentos durante a navegação na internet, entre outros), então ele pode ter sido afetado por ataques de exploit.
  • Alterações nas configurações: se houver alterações estranhas nas configurações do seu dispositivo, rede ou sistema operacional, isto pode ser um sinal grave de que há vulnerabilidades sendo exploradas por cibercriminosos.
  • Pop-ups constantes: se você vê vários pop-ups e publicidade indesejada na sua tela, então seu sistema pode ter sido atingido por exploit.
  • Menos espaço de armazenamento: a perda súbita de espaço de armazenamento no seu dispositivo também é um sinal de ataque de exploit.
  • Perda de dados móveis: em dispositivos móveis, a perda de pacote de dados para internet também é um sinal de ataque de exploit, já que eles permitem instalar malware no celular que usa e consome recursos de conectividade.
  • Menor durabilidade da bateria: para smartphones, laptops, tablets e notebooks, a perda de duração da bateria é outro forte sintoma de ataque de exploit, já que os recursos instalados pela exploração de vulnerabilidades faz com que haja uma sobrecarga de uso dos dispositivos, alterando de forma negativa a durabilidade e a vida útil das baterias.
  • Mau funcionamento de programas, sistemas e aplicativos: se você encontrar dificuldades para realizar tarefas simples e os programas e recursos não funcionarem da forma correta, então eles podem ter sido alterados por exploits.

Ferramentas anti-exploit

A melhor defesa contra os exploits é a prevenção. E é por isto que investir em soluções e ferramentas anti-exploit é fundamental, tanto para pessoas quanto para empresas e organizações.

Há várias opções disponíveis no mercado, deste software antivírus profissional capaz de identificar a presença de programas maliciosos usados em ataques de exploit até software criado especificamente para combater exploits.

As soluções de cibersegurança anti-exploits realizam análises de comportamento e observação de padrões tanto dos usuários quanto do dispositivo, análises dos códigos, verificação das chamadas no sistema, isolamento dos ambientes de execução de programas e recursos (sandboxing) e outras ações com o objetivo tanto de prevenir estes ataques quanto de tomar ações reativas quando estes exploits são identificados.

Mas é essencial ter em mente que os programas anti-exploit não substituem outras soluções de segurança, como firewall, antivírus e VPN (além das atualizações de sistema e de programas e aplicações). Eles são recursos de segurança complementares que devem ser usados em conjunto com outros recursos em um ambiente completo de cibersegurança.

Como se proteger contra exploits

Você pode e deve adotar algumas medidas preventivas para ajudar a te proteger contra exploits:

  • Use um software confiável de cibersegurança: use antivírus profissionais, ferramentas e soluções de cibersegurança que sejam robustas, confiáveis e fornecidas por desenvolvedores confiáveis.
  • Use uma boa VPN: uma ferramenta VPN ajuda a melhorar sua cibersegurança. A NordVPN conta com a funcionalidade de Proteção Contra Ameaças, o que ajuda na defesa contra adware, ataque man-in-the-middle e outras ciberameaças, como os ataques de exploit.
  • Baixe todas as atualizações: é fundamental manter seus programas, navegadores web, aplicações e sistemas operacionais sempre atualizados. Ative as opções de atualizações automáticas sempre que possível. Isto ajuda a corrigir as vulnerabilidades encontradas e, assim, evitar as possibilidades de ataques de exploit contra o seu dispositivo.
  • Use senhas fortes: ao invés de combinações óbvias, crie senhas fortes para suas contas e acessos. Use combinações de letras maiúsculas e minúsculas, numerais e caracteres especiais. Também vale a pena armazenar suas senhas de forma segura em um gerenciador de senhas, como o NordPass.
  • Habilite a autenticação em dois fatores: para evitar ataques de exploit contra suas contas, é muito importante habilitar a autenticação de dois fatores (ou autenticação multifatorial) sempre que esta opção estiver disponível. Assim, mesmo que os cibercriminosos conseguirem roubar seus dados de acesso, será necessário realizar um procedimento adicional de autenticação ao qual só você terá acesso.
  • Evite comportamentos de risco: o bom senso crítico é sua melhor ferramenta de defesa. Evite hábitos de risco como clicar em qualquer link, baixar qualquer coisa e instalar programas de origem duvidosa nos seus dispositivos. Grande parte dos ciberataques depende de erros nos programas e no hardware, mas uma parte significativa dos ataques e golpes só conseguem ser executados quando as próprias vítimas agem de maneira que permite ou facilita estes ataques.
  • Use criptografia de ponta-a-ponta: é muito importante proteger seus dados com recursos como a tecnologia de criptografia de ponta-a-ponta, que criptografa seus dados mesmo que eles sejam transportados por canais menos seguros, impedindo o acesso de interceptadores. Verifique se estes recursos são disponibilizados pelos programas e aplicativos que você usa.

Como corrigir um exploit

Muitos exploits dependem da correção por parte dos desenvolvedores. Então, o poder de ação dos usuários dos softwares e hardwares afetados é muito limitado em relação a isto. Entretanto, há passos que podem ser dados para diminuir, minimizar ou reverter os danos causados por ataques de exploits.

Mantenha seus programas atualizados

Atualize os programas para fazer as correções de vulnerabilidades usadas pelos exploits. Se você utilizar uma versão desatualizada de um programa, aplicativo, navegador web ou sistema operacional, você vai continuar vulnerável aos ataques de exploit mesmo que estas brechas tenham sido corrigidas pelos desenvolvedores e disponibilizadas em versões mais atualizadas.

Faça uma verificação no sistema

Depois, execute uma verificação completa no seu dispositivo com um software antivírus eficiente. Isto é essencial para encontrar códigos maliciosos usados no ataque de exploit.

Remova o malware

Caso você encontre qualquer arquivo, programa ou código malicioso no seu dispositivo depois de realizar a verificação no sistema, faça a remoção do malware através dos recursos do antivírus, das ferramentas de segurança do próprio sistema operacional ou da ferramenta anti-exploit.

Faça uma formatação do sistema

Para casos mais graves, pode ser que você precise fazer uma formatação completa do seu dispositivo. Faça um backup dos seus arquivos mais importantes, execute a formatação e reinstale seu sistema operacional e os programas com as atualizações mais recentes.

Conclusões finais

Todo recurso de hardware e software tem falhas. Afinal, são produções humanas e, como tal, estão sujeitas a erros. Podem ser desde erros simples nos códigos que geram problemas de layout e visualização, até erros mais graves que prejudicam todo o funcionamento do recurso, até mesmo expondo os usuários a uma série de ciberataques.

Há inúmeras pessoas dedicadas a encontrar estas vulnerabilidades e corrigi-las para melhorar a experiência dos usuários e a integridade dos programas e recursos como um todo. Mas há uma parcela dedicada a explorar estas falhas da pior forma possível, tudo com o objetivo de aplicar golpes, realizar ciberataques e invadir a privacidade e a segurança das vítimas.

É fundamental adotar práticas de segurança digital para mitigar e combater este tipo de ciberameaça, como manter os sistemas e programas sempre atualizados e baixar software apenas de fontes confiáveis (diretamente dos desenvolvedores sempre que isto for possível).

Apesar de explorar falhas encontradas em software e hardware, os ataques de exploit ainda dependem em grande parte das ações das próprias pessoas. É exatamente por esta razão que a melhor ferramenta de defesa é a adoção de práticas e ações digitais mais cautelosas ao navegar na internet e usar dispositivos em geral.

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