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Os Perigos da Internet: como reconhecer e evitá-los?

Vírus, golpes e vazamento de dados são apenas alguns dos riscos da internet. E, embora a maioria deles possa afetar qualquer indivíduo online, alguns são particularmente perniciosos para crianças e adolescentes. Descubra, neste artigo, os principais perigos da internet e como se proteger contra eles.

Os Perigos da Internet: como reconhecer e evitá-los?

Índice

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7 maiores perigos da internet que todo mundo enfrenta

Entre os riscos na internet, sete se destacam como sendo os principais que todos os usuários podem encontrar na rede

1. Falta de privacidade

Um dos grandes maus hábitos na internet é o compartilhamento excessivo de informações. Além de poder comprometer sua privacidade de maneira direta (uma vez que nunca se sabe quem tem acesso ao que você publica na rede), algumas companhias se aproveitam disso e não pensam duas vezes antes de coletar e vender tudo o que puderem sobre você.

Um exemplo clássico é dado por buscadores e redes sociais armazenando e comercializando seus dados a empresas de marketing, que então usam essas informações para alimentar algoritmos especiais e criar anúncios personalizados para você.

Mas o problema não para por aí. Há ainda algumas extensões (e os próprios navegadores) que rastreiam todos os seus passos e atividades na internet, formando um verdadeiro perfil sobre sua identidade online – que, por óbvio, também será vendido.

Como se proteger dessas ameaças? Em primeiro lugar, deve-se controlar muito bem o que se compartilha na rede. Em segundo, é fundamental usar ferramentas de proteção da privacidade, como a criptografia de uma VPN, para garantir que nenhuma pessoa não autorizada ponha as mãos em suas informações. (Saiba mais sobre o que é VPN).

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2. Engenharia social e golpes virtuais

Um dos principais golpes na rede é o chamado phishing – um cibercrime baseado no envio de e-mails com a intenção de roubar seus dados ou infectar seus dispositivos. Às vezes, esses e-mails se parecem com mensagens legítimas de plataformas como bancos ou redes sociais. Outras, são mensagens com falsas premiações ou ofertas de vantagens incríveis. Seja como for, eles sempre trazem links ou arquivos maliciosos que, no fim, acabam lesando o usuário.

Outro tipo comum de dos perigos das redes sociais ocorre por meio de chantagens com fotos e vídeos íntimos, reais ou não, que são coletados durante interações online com conhecidos ou estranhos. Por vezes, essas ameaças também são combinadas com phishing, na tentativa de conseguir extorquir dinheiro com intimidações vazias.

Para evitar esses golpes, o primeiro (e mais importante) passo é ter cuidado com as mensagens recebidas, os links acessados e as informações compartilhadas. Além disso, manter um antivírus ativo pode ser de grande ajuda para prevenir eventuais infecções provenientes desses e-mails fraudulentos (Saiba mais sobre a prática do golpe do Pix e o que fazer).

3. Software malicioso

Também conhecidos como malware, esses programas maliciosos são criados para infectar e causar danos a sistemas computacionais, com o objetivo de roubar ou excluir informações sensíveis, extorquir dinheiro das vítimas, monitorar as atividades do usuário, entre outras.

Entre os principais tipos de malware, podemos destacar:

  • Adware: leva ao aparecimento anormal de anúncios na tela do dispositivo.
  • Spyware: cuja finalidade é reunir informações sobre o usuário ou a rede usada.
  • Cavalo de Troia: que imita programas legítimos e leva os usuários a instalarem outros malware.
  • Vírus: que alteram a forma como o computador funciona, podendo se replicar e se espalhar para outros dispositivos.

Esses tipos de software danosos são distribuídos pela rede por meio de e-mails falsos (phishing), sites e downloads infectados, e anúncios fajutos na internet. Então, a melhor defesa, além de manter um antivírus ativo, é tomar cuidado com as páginas que você visita e os arquivos que você baixa.

4. Vulnerabilidades dos navegadores

Um dos principais riscos da internet envolve as próprias ferramentas com as quais você navega por ela: os navegadores (ou web browsers). Eles são os principais softwares de interação com os conteúdos virtuais.

Embora haja diferenças de estrutura, confiabilidade e segurança de navegador para navegador, há algumas falhas (ou brechas) de segurança em praticamente todos eles.

Os registros das suas atividades ficam armazenados nesses navegadores (o que inclui seu histórico de navegação, mas também suas pesquisas e outras informações). É possível selecionar algumas limitações para essa coleta, mas não dá para garantir o que efetivamente é mantido em privacidade e o que é armazenado e comercializado.

O Chrome, por exemplo (carro-chefe da Google), envia informações do usuário para a própria empresa. Quando você usa o buscador para pesquisar sobre sapatos e, ao acessar sua rede social favorita, visualiza vários anúncios sobre o mesmo tema, essa não é uma simples coincidência, mas o resultado da coleta das suas informações.

Há ainda a questão do cache e dos cookies. Composto por armazenamentos temporários de imagens e detalhes de páginas para agilizar seu acesso repetido, o cache pode ser uma ameaça quando é “envenenado” e direciona o usuário a sites falsos e perniciosos. Já os cookies armazenam algumas informações sobre suas atividades na rede, podendo também ser utilizados para fins não legítimos, como a venda desses dados.

Antes de usar um navegador, pesquise para saber se ele oferece benefícios robustos para manter sua segurança e como as questões de privacidade são abordadas.

Tor é considerado o melhor navegador ao nível de anonimato, mas também tem outros riscos associados. Por exemplo, pode usar o Tor para navegar na Dark Web. Então você precisa obter uma VPN para a Dark Web e ser extremamente cauteloso.

5. Violação de dados

Uma violação de dados é um processo de vazamento e/ou compartilhamento de informações confidenciais, sensíveis ou protegidas a pessoas não autorizadas. Qualquer tipo de usuário pode estar sujeito a essa ameaça, especialmente quando há fragilidade nas tecnologias de segurança digital empregadas ou no comportamento do usuário na rede.

Em muitos casos, a violação de dados ocorre pela ação direta de um hacker (por meio de phishing, infecção por malware, entre outros), mas essa não é uma regra absoluta. Em grandes empresas por exemplo, o problema pode vir também da visualização e compartilhamento acidental entre funcionários. Já com pessoas comuns, a perda ou roubo de dispositivos desprotegidos também é uma fonte frequente desses vazamentos.

Por isso, além da manutenção de boas ferramentas de proteção da conexão e dos dispositivos, como uma VPN, programas antivírus e senhas fortes, é indispensável que se conservem, da mesma forma, bons hábitos de navegação na rede e de cuidado com seus dispositivos.

6. Fake news

As notícias falsas que circulam pela internet podem ser igualmente danosas aos usuários. Carregadas com desinformação e conteúdos sensacionalistas, as fake news têm a intenção de despertar fortes efeitos emocionais nos leitores e os induzirem a tomar ações precipitadas – em geral, compartilhar a informação falsa com o máximo de pessoas possível antes de verificar sua veracidade.

Além de criar um ambiente de confusão e caos generalizado na sociedade, essas notícias falsas ainda podem levar as pessoas a adotarem comportamentos de risco, tanto dentro da internet como fora. Assim, quando se deparar com uma informação por meio das redes sociais ou sites desconhecidos, procure verificar as fontes e, preferencialmente, pesquisar se o dado é verdadeiro em outras páginas.

Na maior parte das vezes, basta uma rápida pesquisa no Google para descobrir que uma mensagem é falsa.

7. Doxing

O doxing é uma prática maliciosa que consiste na exposição não autorizada de informações de identificação da vítima na internet. Os dados podem incluir nome completo, endereço, telefone e credenciais bancárias.

Com o objetivo de intimidar ou prejudicar as pessoas expostas, o doxing pode trazer graves consequências às vítimas. Além de ter a privacidade violada na rede, as informações reveladas podem cair nas mãos de hackers ou outros agentes mal-intencionados e acabar sendo usadas para aplicação de golpes e crimes virtuais.

Perigos da Internet para Crianças e Adolescentes

Embora a maioria das ameaças na rede afete todos os usuários, há alguns riscos na internet que podem ser especialmente perniciosos para adolescentes e crianças.

Veja abaixo os principais.

1. Assédio virtual (cyberbullying)

Sendo uma versão virtual do assédio moral, o cyberbullying é normalmente desenvolvido por indivíduos da mesma faixa etária da vítima, usando das tecnologias para propagar mensagens de ódio e constranger o alvo diante do maior número de pessoas possível.

Um dos piores aspectos dessa ameaça é a velocidade e nível de persistência que ela possibilita aos agressores, levando a vítima a sofrer com os ataques por muito tempo e em proporções gigantescas.

2. Exposição a conteúdos inadequados

A internet é um ambiente aberto onde as pessoas podem publicar praticamente qualquer tipo de informação. Assim, caso o acesso de crianças e adolescentes não seja monitorado e limitado, eles podem estar expostos a imagens e vídeos de natureza inadequada à sua idade, como conteúdos violentos, sexuais ou cheios de discurso de ódio.

3. Grooming

O grooming é um termo usado para práticas desempenhadas por adultos para ganhar a confiança de menores na internet e, por fim, abusar sexualmente dos pequenos. O processo pode se iniciar em redes sociais ou salas de bate-papo, com os agressores fingindo ser da mesma faixa etária das vítimas e, muitas vezes, oferecendo presentes ou vantagens para chamar sua atenção e manipulá-las.

4. Sextorsão (sextortion)

Derivada das palavras “sexo” e “extorsão”, a sextorsão é uma forma de chantagem contra crianças e adolescentes que usa como arma a ameaça de propagar imagens, vídeos ou mensagens de conteúdo sexual da própria vítima. O objetivo da prática é constranger e forçar o alvo a manter relações sexuais com o criminoso.

5. Exploração sexual

A exploração sexual na internet abarca um conjunto de atos criminosos perpetrados contra crianças e adolescentes. Pode incluir práticas de chantagem (como a sextorsão) ou outros meios de abuso sexual dos alvos, ou ainda a compra, venda e compartilhamento de imagens e vídeos das vítimas como forma de exploração com fins comerciais.

6. Happy slapping

Trata-se de um tipo de assédio físico e moral, ou cyberbullying, no qual a vítima é filmada durante um episódio de agressão física para que o vídeo seja compartilhado em redes sociais como forma de humilhação contínua ao alvo.

Como conversar com seus filhos sobre os perigos da internet?

A melhor forma de conversar com seus filhos sobre os riscos da internet é ser aberto e sincero. As crianças conseguem perceber quando os adultos estão omitindo informações, então tente ser o mais honesto possível. Fale sobre os sites favoritos dos pequenos e pontue, em termos fáceis, os possíveis riscos que cada funcionalidade da internet pode trazer.

Busque também manter o canal de comunicação sempre aberto. Não despeje todas as informações em uma única conversa. Ser consistente é o caminho. Assim, as crianças se sentirão confortáveis em abordar o assunto, caso se deparem com algum problema online. Para mais dicas, não deixe de conferir também nosso guia para pais sobre segurança na internet para crianças.

Como se proteger contra os perigos da internet

Para se manter seguro na internet, algumas estratégias são essenciais:

  • Não compartilhe suas senhas com terceiros. Elas são a chave para acessar muitas informações importantes sobre você – e mais do que isso, elas previnem que terceiros usem seus dados para praticar atos criminosos, como phishing e fraudes.
  • Use senhas complexas e diferentes para todas as contas. Em complemento à estratégia anterior, usar um código que seja difícil de adivinhar (e diferente para cada perfil que você tiver) aumenta sua segurança e evita que suas contas sejam hackeadas e usadas para fraudes.
  • Proteja seu roteador com senha. Quando seu roteador não está protegido contra terceiros não autorizados, qualquer um pode usar a sua rede – inclusive hackers. Isso abre uma porta para que agentes mal-intencionados coletem dados sensíveis da sua navegação e os usem para praticar crimes cibernéticos. Por isso, nunca use seu roteador sem senha.
  • Use a Proteção contra Ameaças e tenha um antivírus instalado (e atualizado) em seus dispositivos. A Proteção contra Ameaças, da NordVPN, escaneia os arquivos antes do download para evitar que os usuários baixem malware, além de bloquear o acesso a sites potencialmente danosos. Já os antivírus são essenciais para remover as infecções que já estão presentes em seu dispositivo.
  • Tome cuidado com o que você compartilha online. O espaço virtual é uma vitrine pública, e você nem sempre sabe quem está por trás da telinha do computador. Ao controlar quais informações você divulga na rede, é possível se prevenir contra inúmeras ameaças, como tentativas de golpes e fraudes usando seus dados.
  • Ative o blacklist do seu navegador. O blacklist funciona como um filtro que permite a navegação apenas por sites que são certificadamente seguros e confiáveis. É uma ótima estratégia para evitar o acesso de páginas maliciosas ou falsas, como as provenientes de e-mails de phishing.
  • Instale uma VPN. Ela vai adicionar uma camada extra de segurança à sua conexão e aumentar o seu nível de privacidade na rede. Ao criptografar todo o seu tráfego de dados, a VPN consegue impedir que terceiros não autorizados bisbilhotem suas atividades na rede e usem suas informações para práticas criminosas.

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