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Golpe do pix: o que fazer?

Um novo golpe envolvendo o método de pagamentos instantâneos Pix tem causado enormes prejuízos aos brasileiros. Baseando-se no desvio das transações feitas pelo celular, a tática fraudulenta da vez ocorre de forma automatizada e sem que o usuário note. Abaixo explicamos como o golpe funciona e como se proteger contra ele.

Golpe do pix: o que fazer?

O que é o golpe do Pix?

O novo esquema do pix é um golpe online no Brasil que está sendo usado para enganar os usuários do Pix e fazer com que transações financeiras não autorizadas sejam realizadas. Esse esquema segue uma estratégia já usada anteriormente, na qual o destinatário dos pagamentos é alterado pelos hackers durante a transferência. Mas, agora, em sua nova versão, ele é aplicado segundo uma técnica conhecida como ATS (Automated Transfer System), que permite aos criminosos automatizar o processo de desvio de dinheiro.

Como o golpe do Pix funciona?

No golpe do Pix, os hackers se utilizam de métodos sorrateiros e de softwares maliciosos para invadir e controlar o celular das vítimas e, assim, perpetrar seus crimes. Abaixo estão os passos essenciais de como esse golpe funciona.

1. Infecção do dispositivo

O primeiro passo desse crime cibernético ocorre com a infecção por um vírus de celular no aparelho da vítima. Isso pode acontecer, por exemplo, com a instalação de um malware bancário vindo escondido durante o download de aplicativos falsos baixados em lojas não oficiais.

2. Solicitação de permissão de acessibilidade

Após a instalação do aplicativo malicioso, segue-se outro passo essencial: a solicitação de permissão de acessibilidade ao usuário. Essa ferramenta, normalmente usada em dispositivos Android para auxiliar pessoas com deficiência, é empregada pelos golpistas para ganhar controle ao dispositivo da vítima.

3. Alteração do destinatário do Pix

Uma vez que o usuário tenha concedido a permissão, os criminosos apenas aguardam que a vítima tente realizar um pagamento por Pix. Quando isso ocorre, o malware instalado bloqueia a tela e automaticamente muda o destinatário da transferência, desviando o dinheiro para a conta dos hackers.

Todo o processo é bastante rápido, transcorrendo antes mesmo da inserção da senha para validar a transação, então, o usuário nem se dá conta do que está acontecendo. E o pior: mesmo a autenticação biométrica, como o uso de reconhecimento facial, pode ser contornada por essa técnica.

Quais são os golpes mais comuns do Pix?

Além do novo golpe do Pix, muitos outros tipos de perigos da internet e esquemas relacionados a esse sistema de pagamento têm sido empregados pelos cibercriminosos. A seguir, listamos os mais comuns.

Phishing

Na prática do phishing, os golpistas enviam mensagens falsas, geralmente por e-mail ou SMS, fingindo ser de bancos, lojas ou instituições de caridade. Por meio do contato, eles solicitam informações pessoais e bancárias das vítimas, ou exigem transferências financeiras sob as mais diversas desculpas, desde multas e pagamentos atrasados até doações filantrópicas, para roubar as vítimas.

Falsa Central de Atendimento

Em outro golpe comum, os criminosos criam números de telefone falsos que se passam por centrais de atendimento de bancos. Eles enganam as vítimas, solicitando informações confidenciais e, em seguida, realizam transferências não autorizadas com os dados coletados.

Golpe do código QR

Numa variação do golpe de phishing, os golpistas enviam códigos QR fraudulentos por mensagens para as vítimas, e quando elas escaneiam o código, uma transferência de Pix fraudulenta é iniciada.

Problema técnico no Pix

Baseada em engenharia social, essa tática usa de mensagens falsas para levar as vítimas ao engano. Os criminosos apresentam ao usuário um suposto erro no sistema do Pix que pode trazer benefícios financeiros a ele, bastando que faça uma transferência para uma chave Pix específica. Em geral, a “oportunidade” é uma promessa de que o valor transferido será devolvido em dobro. Por óbvio, o dinheiro nunca é retornado.

WhatsApp clonado

O golpe do WhatsApp clonado é uma tática antiga que agora é reaproveitada para também fraudar o Pix. Em resumo, os criminosos buscam clonar o WhatsApp das vítimas para, então, mandar mensagens aos seus contatos pedindo dinheiro por Pix, sob uma variedade de desculpas.

Cai no golpe do Pix e agora, o que fazer?

Se você suspeita que seu celular foi hackeado ou que você foi vítima de um golpe do Pix, é crucial agir rapidamente para minimizar os danos. Eis alguns passos a serem tomados.

  • Documente o ocorrido. Guarde capturas de tela, histórico de mensagens e e-mails trocados com os criminosos. Esses dados serão importantes para provar a sua situação e auxiliar em futuras investigações.
  • Entre em contato com o banco. Tão logo perceba um problema em sua conta, o usuário deve entrar em contato com o banco. Ao agir com presteza, é possível que eles consigam interromper ou reverter a transação, dependendo do estágio em que a fraude ocorreu.
  • Faça um boletim de ocorrência. O boletim de ocorrência serve para diversos propósitos. Primeiramente, ele possibilita que a polícia investigue o crime, evitando que outras pessoas sejam vítimas do mesmo golpe. Em segundo lugar, ele aumenta as chances de recuperar o dinheiro perdido.
  • Fique de olhos nas contas. Mesmo após os passos anteriores, é importante ficar alerta para outras transações suspeitas. Caso encontre alguma incoerência, volte a reportar o problema ao banco e às autoridades.
  • Reforce a segurança. Passado o estresse do golpe, é fundamental dedicar um tempo para melhorar a cibersegurança das suas contas e seus dispositivos. Remova aplicativos suspeitos, mude os códigos de acesso e implemente medidas adicionais de segurança, como autenticação multifatorial.

É possível recuperar o dinheiro roubado?

Recuperar o dinheiro roubado em um golpe do Pix pode ser desafiador, mas não é impossível. Em muitos casos, a rapidez com que a vítima procura ajuda e relata o problema à polícia e à instituição financeira é fundamental. Ao seguir os passos acima e relatar a fraude prontamente, as chances de reverter as transações fraudulentas serão bem maiores.

Além disso, dependendo das circunstâncias e das ações tomadas após a ocorrência do golpe, o banco pode fornecer assistência na recuperação do dinheiro. Mas é importante ter em mente que nem sempre o estorno é garantido, então, concentre seus esforços na prevenção antes de tudo.

Como evitar cair em golpes do Pix?

Como mencionado anteriormente, a prevenção é a principal solução contra os golpes do Pix. Medidas cruciais nesse sentido incluem:

  • Download de aplicativos apenas de fontes confiáveis. Uma das maiores fontes de problemas é justamente o download de programas em sites extraoficiais, os quais vêm recheados de malware. Dê preferência sempre a lojas oficiais, como a Play Store e a App Store.
  • Desconfiar de mensagens e e-mails suspeitos. Ao receber mensagens solicitando dados pessoais ou bancários, fique alerta. Nunca forneça tais dados sem antes verificar a autenticidade do remetente.
  • Não clicar em links ou Códigos QR desconhecidos. Links e Códigos QR estranhos podem levar à infecção do seu dispositivo ou a transações não autorizadas.
  • Autenticação multifatorial. Ativar a autenticação multifatorial é uma ótima escolha, sobretudo para contas online associadas a pagamentos. Isso adicionará uma camada extra de segurança e tornará mais difícil para os criminosos fraudar suas transações.

Ao adotar essas estratégias simples, é possível elevar o nível de segurança das suas contas e manter seus dispositivos a salvo dos golpes mais comuns do Pix.

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