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Por que a segurança online é tão importante para as pessoas LGBTQIAP+

As vulnerabilidades, violências, preconceitos e discriminações que acontecem no mundo real também atingem as minorias no mundo online. A internet oferece ambientes de intolerância e ódio, o que representa desafios online para as pessoas LGBTQIAP+. E estes desafios não se restringem a um período específico, como o Mês do Orgulho: eles são constantes. Então, o que as pessoas LGBTQIAP+ podem fazer para melhorar a sua segurança e privacidade online?

Por que a segurança online é tão importante para as pessoas LGBTQIAP+

Índice

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Entendendo os impactos

Pode ser difícil entender de verdade os perigos e preconceitos enfrentados pelas pessoas LGBTQIAP+ no mundo online, mesmo para quem apoia a causa. Os jovens LGBTQIAP+ enfrentam o dobro de chances de sofrer cyberbullying em comparação com jovens heterossexuais, e os adultos que fazem parte de minorias também enfrentam intolerância online todos os dias. O cyberbullying pode ter efeitos psicológicos profundos para qualquer pessoa, mas a comunidade LGBTQIAP+ enfrenta riscos ainda maiores, inclusive no mundo físico também. Aqui estão alguns exemplos de como o bullying virtual afeta as minorias de forma ainda mais graves:

  • Golpistas no Distrito Federal usavam perfis no aplicativo Grindr (um app de encontros bastante popular entre homens gays e bissexuais) para marcar encontros, roubar e agredir as vítimas. E há diversos golpes similares registrados no restante do país.
  • Casos de chantagem e extorsão no Grindr também são registrados: os golpistas entram em contato com as vítimas através de apps como o Grindr, se identificam como maiores de idade e, depois, usam prints e conteúdo gravado para chantagear as vítimas, afirmando que o perfil com o qual entraram em contato era de uma pessoa menor de idade e, a partir daí, exigem pagamentos para evitar que o caso seja exposto.
  • Um estudo mostrou um aumento de 970% no número de casos de ataques a pessoas LGBTQIAP+ em São Paulo em 2023.

Os perigos online para as pessoas LGBTQIAP+

Os diferentes subgrupos que formam a comunidade LGBTQIAP+ podem enfrentar desafios específicos, mas muitos deles são comuns entre as vítimas, independentemente do gênero ou do espectro de orientações sexuais.

Trolling/abuso

Pode ser fácil ignorar os impactos do abuso online constante se você nunca foi vítima deste tipo de agressão. Entretanto, pessoas da comunidade LGBTQIAP+ encaram mensagens de trolls e haters todos os dias, sejam mensagens enviadas diretamente para a vítima ou disseminadas de modo aberto, público e abrangente. Estas são algumas medidas que você pode tomar para combater mensagens de ódio online:

  • Denuncie: se a plataforma que você usa tem recursos de denúncia, você pode reportar sobre as mensagens de ódio que recebeu de forma direta ou que você encontrou na plataforma. Mesmo que o usuário em questão não seja bloqueadoou a mensagem não seja removida, a denúncia pode ajudar no sentido de ter registros deste tipo de violência online e, assim, incentivar e apoiar mudanças na plataforma por parte dos administradores. Além disto, você pode fazer uma denúncia junto às autoridades competentes e grupos como o SaferNet.
  • Boicote plataformas omissas: nós usamos as plataformas que gostamos e é isto que dá força a elas. Se a plataforma ou aplicativo que você utiliza é conivente com a presença de usuários que disseminam mensagens de ódio, busque plataformas mais saudáveis e denuncie as que permitem este tipo de mensagem. Encorajar que outras pessoas da comunidade LGBTQIAP+ façam o mesmo também ajuda a enfraquecer estas plataformas.

Doxxing

O doxxing é o ato de atacar alguém por meio da exposição de informações particulares da vítima (como números de documentos pessoais, endereço residencial, local de trabalho, número de telefone, entre outras coisas). Esta prática criminosa pode ser ainda mais perigosa para pessoas LGBTQIAP+. Os riscos podem incluir, entre outras coisas:

  • Assumir-se de maneira forçada: assumir-se é um processo sensível, pessoal e muito complexo, principalmente em países e locais com cultura repressiva e maior violência contra minorias, ou quando a pessoa se encontra em situação de dependência e vulnerabilidade socioeconômica. Algumas pessoas podem nunca querer assumir-se para absolutamente todos que conhecem. O doxxing rouba da vítima LGBTQIAP+ o direito à privacidade e também a escolha de como, quando e se o processo de se assumir deve ocorrer. Dependendo dos contextos e circunstâncias, ele pode até ocasionar assédio e gerar traumas profundos ou mesmo eventos de ameaça e risco à integridade física da vítima.
  • Deadnaming: cada pessoa trans escolhe o quanto deseja manter da identidade anterior designada no momento do nascimento. Para algumas pessoas trans, a simples menção do nome anterior pode ser algo doloroso. O deadnaming é a prática de mencionar o nome anterior à transição e, com a prática do doxxing, estes dados são expostos e podem gerar crises pessoais, assédio, ataques e até mesmo violência física contra a vítima.

Como o doxxing pode vir de diferentes direções, é necessário adotar uma abordagem mais ampla para se prevenir. No geral, o principal é aprender como gerenciar e controlar seus dados pessoais online para que fiquem mais seguros. Aqui estão algumas medidas para te ajudar:

  • Ajuste as configurações de privacidade em suas redes sociais: as redes sociais podem revelar muitas coisas sobre você. Com as configurações erradas, até mesmo pessoas totalmente estranhas podem descobrir muito sobre quem você é. Manter seus perfis em um nível de privacidade maior é fundamental para diminuir este tipo de exposição e evitar os riscos que ela pode gerar.
  • Criptografe sua conexão: a criptografia reduz a vulnerabilidade e exposição dos seus dados, dificultando a ação de agentes maliciosos e também o acesso às suas informações. Além de te proteger contra criminosos, a criptografia te dá mais segurança contra os ataques feitos para interceptar e expor seus dados. Uma das ferramentas mais poderosas para fazer a criptografia da sua conexão é um software VPN.
  • Não se exponha excessivamente: desenvolva o hábito de avaliar quantas informações pessoais você expõe antes de compartilhar e publicar algo nas redes. O que você está expondo sobre sua vida? Você realmente precisa publicar determinada informação? Lembre-se de que seus dados não precisam revelar algo específico sobre seu gênero, sua identidade ou suas preferências. Se assediadores tiverem você como um alvo, eles poderão usar dados aleatórios para saber mais sobre quem você é.

Catfishing

Os catfishers (pessoas que usam os famosos perfis fakes na internet para enganar as vítimas) atacam pessoas de qualquer orientação ou gênero, mas a comunidade LGBTQIAP+ precisa tomar cuidados adicionais. Nós começamos o artigo mencionando atos de violência que começam com a prática de catfishing, mas vários outros problemas podem acontecer em decorrência dessa prática. O catfishing pode levar ao doxxing ou a outros tipos de ataques. Aqui estão algumas dicas para melhorar sua segurança:

  • Preste atenção aos seus arredores: se você for se encontrar com alguém que conheceu online, é importante marcar o encontro em um local público ou com outras pessoas para te acompanhar. Isto te dá mais oportunidades de se comunicar em um ambiente mais seguro e decidir se a pessoa realmente é quem diz ser.
  • Vá com calma: fotos pessoais ou outras informações podem ser usadas para fazer doxxing, te chantagear ou ameaçar de outras formas. Ir com calma é muito importante, e você nunca deve compartilhar informações confidenciais ou comprometedoras e se expor desnecessariamente. Caso você sinta que é necessário compartilhar qualquer detalhe pessoal, espere até conhecer a outra pessoa de forma presencial e ter mais confiança no relacionamento.

Melhore sua privacidade e sua segurança online

As pessoas LGBTQIAP+ merecem se sentir seguras e incluídas também no mundo online. Ter acesso a conhecimento e ferramentas de cibersegurança ajuda a empoderar as minorias. Entretanto, quando a intolerância e o ódio surgem, é fundamental denunciar e buscar medidas legais para que esses crimes de ódio enfrentem consequências reais. Aqui estão algumas dicas adicionais para melhorar sua segurança e privacidade online:

  1. Leve os vazamentos de dados a sério: se um site, app ou serviço que você usa sofrer um vazamento de dados, procure por dicas de como agir para se resguardar. Para iniciantes, é importante considerar a troca das senhas pessoais, entrar em contato com o banco (caso dados financeiros estejam envolvidos, como informações de cartão de crédito) e estar atento a possíveis tentativas de golpes com os dados expostos no vazamento.
  2. Não use a mesma senha para tudo: se você usa a mesma senha para todas as suas contas e a sua senha for exposta, então os cibercriminosos vão conseguir invadir toda sua vida online. Crie senhas fortes e diferentes para cada conta que você tiver e mantenha-as armazenadas em um bom gerenciador de senhas, como o NordPass, o que facilita o acesso de modo seguro e confiável.
  3. Não se exponha em excesso: dos perfis nas redes sociais aos serviços de e-mail e armazenamento em nuvem, é sempre importante refletir sobre o que você compartilha e expõe no ambiente online. Evite compartilhar coisas desnecessárias que poderiam ser usadas para te atacar.
  4. Use ferramentas de segurança: navegador, app de mensagens, e-mail e uma infinidade de outros recursos contam com ferramentas de segurança disponíveis. Essas ferramentas são capazes de melhorar o nível de integridade dos serviços essenciais que você usa no seu cotidiano. Diante disso, procure sempre por ferramentas que consigam atender suas necessidades da melhor forma. Com uma VPN, por exemplo, você consegue criptografar sua conexão. A NordVPN conta com a funcionalidade de Proteção Contra Ameaças Pro e esse é o próximo passo rumo à sua segurança online, identificando e bloqueando conteúdo malicioso antes que seu dispositivo sofra qualquer tipo de dano. Ela te ajuda a reconhecer arquivos com malware, bloqueia páginas maliciosas e rastreadores (como anúncios invasivos) na hora.

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