A tecnologia Multiprotocol Label Switching (MPLS) é habitualmente usada por empresas para ligar escritórios, postos ou outros pontos geograficamente distantes entre si, remotamente. Também os ISP (Internet Service Providers, ou Fornecedores de Serviços de Internet) usam MPLS para executarem procedimentos de segmentação de tráfego, concorrendo para uma otimização global do serviço. É uma técnica estável e bem conhecida, sendo utilizada há mais de 20 anos. Afinal o que é a MPLPS? Será que ainda é confiável?
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Vejamos, primeiramente, como funciona o routing “normal” ou regular. Quando visitamos um website, através de um browser, há vários processos a acontecer longe da vista. O pedido (request) é dividido em pequenas partes, chamadas “packets”. Cada packet contém informação sobre a sua origem e o seu destino. Os routers enviam os packets para outros routers, sendo esta a forma de os packets se movimentarem ao longo da rede. Ainda que dois packets tenham o mesmo destino, eles podem assumir diferentes rotas – tal como um automobilista que saia de Lisboa para o Porto pode ir pela autoestrada A1 ou pelo eixo A8/A17/A29.
Como funciona o MPLS? Este sistema coloca etiquetas em cada packet, que determinam como deve cada packet viajar. Cria-se assim uma rede privada. Como os packets recebem a etiqueta entre a transição da layer 2 (responsável por transferir dados entre nós) e a layer 3 (responsável pelo encaminhamento e direcionamento de packets), as redes MPLs são geralmente designadas como um “protocolo layer 2,5”. De resto, na expressão “Multiprotocol Label Switching” o significado de protocolo – aliás, “multiprotocolo” – refere-se à capacidade da tecnologia processar packets de vários protocolos de rede.
O Multiprotocol Label Switching é um mecanismo em redes de telecomunicações de alto desempenho que direciona dados de um nó da rede para o próximo nó, baseado em rótulos de menor caminho em vez de endereços de rede longos, evitando consultas complexas numa tabela de roteamento.
As primeiras ideias para reencaminhamento de tráfego incorporando estes princípios foram apresentadas pela Toshiba em 1994. Seguiram-se contribuições de outros grandes “players” tecnológicos, como a Cisco ou a IBM, até que os primeiros “deployments” MPLS se deram em 1999. A tecnologia não deixou de ser aperfeiçoada, embora a unicidade dos seus princípios se tenha mantido relativamente inalterada.
A expressão “software-defined wide-area networking” (SD-WAN) traduz-se, de forma genérica, por “redes de área alargada e definidas por software”. Trata-se de um conceito mais avançado que o MPLS. A tecnologia SD-WAN é mais segura, mais barata e oferece melhores performances. Tanto o MPLS como o SD-WAN são usados para conectividade em rede; os utilizadores que trabalham em escritórios remotos ou a partir das suas casas, em teletrabalho, correspondem ao perfil típico de uso.
Alguns especialistas em Tecnologias de Informação afiançam que o SD-WAN será a tecnologia do futuro que irá substituir o MPLS. Todavia, não se trata de tecnologias exatamente iguais. Ainda existem circunstâncias específicas em que cada uma tem o seu lugar. Apesar da sua aparente vetustez, o MPLS deverá permanecer connosco mais alguns anos.
Embora as pesquisas em motores de busca por MPLS vs. VPN sejam habituais, trata-se de comparar alhos e bugalhos. Trata-se de tecnologias diferentes com propósitos diferentes. O MPLS é uma tecnologia de rede, enquanto uma VPN é um instrumento concebido para encriptar o seu tráfego e esconder o seu endereço de IP dos olhares de terceiros.
É possível usar tanto uma MPLS para ligar diferentes escritórios ou secções da sua organização e uma VPN protocolo para proteger os seus colaboradores online. Como a MPLS não usa tecnologias de encriptação nem confere privacidade aos dados enviados e recebidos, vale a pena considerar soluções VPN para garantir a proteção das suas comunicações.
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