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Os resultados do TNP: dados importantes sobre a privacidade online no Brasil

O TNP (Teste Nacional de Privacidade) é uma pesquisa global que permite que as pessoas do mundo inteiro avaliem questões sobre percepções de cibersegurança e privacidade online. Os resultados mais recentes revelam um declínio global na consciência sobre cibersegurança, e há dados muito significativos sobre o Brasil neste contexto global.

Os resultados do TNP: dados importantes sobre a privacidade online no Brasil

Índice

Índice

Sobre o TNP

O Teste Nacional de Privacidade é uma pesquisa de nível internacional criada para melhorar a compreensão sobre o nível de conhecimento das pessoas em segurança online. A pesquisa conta com 22 perguntas sobre hábitos diários, consciência e conhecimentos a respeito de privacidade e ameaças cibernéticas.

Nesta edição de 2024, milhares de pessoas de 181 países participaram do estudo para testar seus níveis de higiene cibernética. Nós coletamos todos os resultados e focamos em 31 países específicos com o maior número de respondentes. Depois, fizemos uma análise detalhada de cada país e conseguimos descobrir diferenças significativas entre eles por meio dos resultados dos testes.

Cada país recebeu uma pontuação no Teste Nacional de Privacidade com base no desempenho dos participantes. Nossos analistas de dados também categorizaram os respondentes em quatro perfis cibernéticos (ou cyber personas) com base no número de respostas corretas.

Mas, antes de mergulhar nas descobertas desse estudo, vamos explicar como fizemos o cálculo da pontuação do Teste Nacional de Privacidade (TNP) e como identificamos cada perfil cibernético.

Como as pontuações do TNP foram calculadas

Nós calculamos a pontuação de TNP através da média de três outras pontuações: vida cotidiana digital, consciência sobre privacidade e tolerância a riscos digitais. Cada uma das 22 perguntas vale 4.5% do total de pontos. Quanto mais respostas a pessoa entrevistada acerta em cada categoria, maior é a pontuação total no TNP.

Os perfis (ou personalidades) cibernéticos

As personalidades ou perfis cibernéticos são grupos que representam diferentes níveis de conhecimento e habilidades cibernéticas com base nas pontuações obtidas através do TNP. São quatro perfis, basicamente:

  • Cyber Wanderer (1% a 24%). Os cyber wanderers (andarilhos cibernéticos) têm a menor pontuação. São pessoas sem um nível adequado de conhecimento e compreensão sobre segurança digital e privacidade online, nem sobre como navegar de forma segura pela internet de modo geral.
  • Cyber Tourist (24% a 49%). Os cyber tourists (turistas cibernéticos) têm um nível de conhecimento mais elevado do que o da categoria anterior, mas ainda apresentam muitas lacunas em termos de compreensão sobre cibersegurança. As pontuações médias mostram uma necessidade de aprimoramento em termos de conhecimento cibernético e segurança online como um todo.
  • Cyber Adventurer (50% a 74%). Os cyber adventurers (aventureiros cibernéticos) têm boa compreensão sobre segurança online e questões de privacidade. A pontuação é relativamente alta.
  • Cyber Star (de 75% a 100%). Com as pontuações mais altas no teste, os cyber stars (estrelas cibernéticas) já têm ótimo nível de compreensão sobre temáticas de cibersegurança, além de habilidades e capacidades para navegar online de forma segura.

O que os números mostram sobre o Brasil?

O Brasil foi um dos países participantes do TNP e há dados interessantes obtidos na edição mais recente da pesquisa.

A pontuação dos brasileiros acompanhou a média global em todas as áreas (58%), e os participantes do Brasil tiveram uma nota maior do que a dos mexicanos (55%) e argentinos (54%) entre os latino-americanos. A pontuação também foi maior do que a de países como França (56%), Bélgica (56%), Espanha (53%), Noruega (56%), Suíça (57%) e Suécia (55%).

Os brasileiros ficaram empatados com o Reino Unido (58%) e um pouco atrás dos Estados Unidos (60%). A queda no score do Brasil entre 2023 e 2024 também foi menos acentuada do que nestes países: enquanto a Argentina perdeu 6 pontos (caindo de 60 para 54) e o México perdeu 3 (caindo de 58 para 55), o Brasil perdeu apenas 1 ponto, indo de 58 para 57 em um total de 100.

Os resultados dos brasileiros mostram que os tópicos com melhor pontuação e nível de conhecimento são: como criar senhas fortes (97), como lidar com ofertas suspeitas de serviços de streaming (93), quais dados devem ser compartilhados com os apps via permissões (91), quais dados sensíveis deve-se evitar de compartilhar em redes sociais (90) e quais os riscos de salvar detalhes de cartões de crédito nos navegadores (89).

Por outro lado, os temas com as piores pontuações entre brasileiros foram: quais ferramentas online protegem a privacidade digital (24), como armazenar senhas com segurança (20), como proteger a rede Wi-Fi de casa (15), quais dados os provedores de internet coletam como parte dos metadados (8) e quais questões de privacidade devem ser levadas em consideração ao se usar IA no trabalho (6).

Fica nítido que, apesar do bom nível de compreensão sobre aspectos de cibersegurança, ainda há lacunas em termos de compreender pontos preventivos para assegurar uma melhor segurança digital, como esses mencionados no parágrafo anterior.

Os resultados do TNP

Os perfis cibernéticos no Brasil

O Brasil tem um número significativamente menor de usuários que se encaixaram nas pontuações de Cyber Stars e um número consideravelmente maior de pessoas que se enquadram na categoria de Cyber Adventurers em comparação com as médias globais: enquanto a média global de Cyber Stars é de 11%, a do Brasil é de 7%; e, enquanto a média global de Cyber Adventurers é de 66%, a do Brasil é de 72%.

Isso mostra que os brasileiros podem não se destacar entre a pontuação mais alta de Cyber Stars, mas possuem um nível igual ou superior à média global nas pontuações para as categorias intermediárias, que já indicam um bom nível de compreensão sobre cibersegurança.

Os perfis cibernéticos entre os brasileiros ficaram da seguinte forma:

Cyber Perfil20232024
Cyber Wanderer1%1%
Cyber Tourist16%20%
Cyber Adventurer75%72%
Cyber Star8%7%

Como dá para ver, as pontuações de Cyber Adventurer e Cyber Star caíram de 2023 para 2024, enquanto a de Cyber Tourist aumentou e a de Cyber Wanderer se manteve a mesma.

Mudanças importantes de 2023 para 2024

Além da queda no número de usuários dos perfis Cyber Adventurer e Cyber Tourist houve outras mudanças significativas no espaço de um ano.

Entre os pontos positivos, podemos citar:

  • Um aumento no nível de compreensão da importância de ler os temos de uso de apps e serviços online (de 23 para 30);
  • O que fazer se um provedor de serviço sofrer com vazamento de dados (de 50 para 56);
  • Quais dados deve-se evitar de compartilhar nas redes sociais (de 85 para 90).

Além disso, os brasileiros apresentaram uma melhoria na compreensão sobre como os cibercriminosos utilizam URLs falsas que parecem legítimas: a pontuação subiu de 43 em 2023 para 49 em 2024. Outro fator positivo foi o avanço no sentido de saber quais ações devem ser tomadas em ataques de malware e phishing, que foi de 62 no ano passado para 67 neste ano.

Entre os pontos negativos, duas notas sofreram quedas significativas entre os brasileiros: o nível de compreensão sobre a habilidade do Facebook de coletar dados mesmo de pessoas que não possuem conta na rede social caiu de 63 para 53 e a pontuação sobre os benefícios de atualizar os aplicativos assim que os updates ficam disponíveis foi de 75 para 64.

Uma análise global dos resultados

No geral, a edição de 2024 mostra que há um declínio na compreensão sobre cibersegurança. A pontuação média total no teste este ano foi de 58 em 100. Em 2023, a pontuação média foi de 61 em 100, o que mostra uma queda de 3 pontos (que parece pequena, mas é significativa).

“Os avanços tecnológicos podem ser excessivamente complicados para algumas pessoas, o que pode fazer com que elas tenham dificuldades em acompanhá-los. Os aplicativos online voltados para a conveniência estão cada vez mais presentes em nossas vidas diárias, e as pessoas frequentemente priorizam a facilidade de uso em vez da privacidade, expondo-se involuntariamente a riscos. Embora seja preocupante ver o declínio na consciência global sobre a privacidade na internet, essa tendência apenas confirma a crescente necessidade de mais educação sobre a proteção de nossos dados pessoais online”, diz Marijus Briedis, CTO da NordVPN.

“Hoje em dia, os indivíduos estão mais focados nos benefícios imediatos do que na segurança de longo prazo, e essa mudança pode ter causado uma diminuição na consciência sobre a privacidade. Além disso, como as pessoas navegam por grandes quantidades de conteúdos, os alertas de segurança importantes e as dicas de privacidade muitas vezes acabam perdidas no meio do caos”, diz ele.

Os resultados do TNP 2024

As descobertas a nível global

Alguns dados obtidos pelos resultados globais são bem interessantes e nós fizemos um resumo deles logo abaixo. Confira o relatório do Teste Nacional de Privacidade para verificar mais insights e comparações entre os países:

  • Os resultados globais mostram que os participantes tiveram um desempenho melhor em questões sobre a criação de senhas fortes, com uma média de 96% de respostas corretas entre todos os países analisados. Os participantes também tiveram um ótimo desempenho nas perguntas relacionadas às ofertas suspeitas sobre serviços de streaming (95%).
  • Por outro lado, o pior desempenho ficou com a análise sobre quais dados coletados pelos ISPs (Internet Service Providers, os provedores de internet) fazem parte de metadados, com apenas 13% de respostas corretas. O índice é ainda menor quando as perguntas são sobre quais questões de privacidade devem ser levadas em consideração ao se usar IA (inteligência artificial) no trabalho: a pontuação global foi de apenas 6% de respostas corretas. Conforme estas tecnologias se tornam mais complexas e evoluem rapidamente, fica ainda mais difícil para que as pessoas no geral consigam acompanhar todas as mudanças e os efeitos que elas geram.
  • De modo parecido, apenas 16% dos participantes sabem como garantir a segurança da rede Wi-Fi em suas casas. Essa falta de conhecimento faz com que a maioria dessas redes domésticas fiquem mais vulneráveis a ciberataques, acessos não autorizados e roubo de dados, o que coloca informações, dados e atividades pessoais em perigo.
  • Além disso, houve uma queda no nível de compreensão e entendimento sobre os benefícios de atualizar aplicativos assim que os updates são liberados. Em 2023, a média global era de 69%, mas em 2024 ela caiu para 56%.
  • Ao analisar os perfis cibernéticos, apenas um participante a cada dez conseguiu entrar para a categoria de Cyber Star. Em 2024, houve uma queda no número de respondentes que foram categorizados como Cyber Stars ou Cyber Adventurers. Essa tendência pode ser um reflexo do rápido avanço e das transformações aceleradas na tecnologia, que tornam ainda mais difícil acompanhar as mudanças e se informar sobre as práticas de cibersegurança mais recentes.
  • Outro dado interessante é que os participantes entre 30 e 54 anos possuem as maiores pontuações e são a faixa etária mais presente na categoria de Cyber Stars. Esse resultado sugere que as pessoas com menos de 30 anos e mais de 54 anos são as que mais precisam aprimorar seus conhecimentos sobre cibersegurança e hábitos de privacidade online.
  • No nível global, os países com melhor pontuação em conhecimento sobre cibersegurança são Cingapura (62), Finlândia e Lituânia (ambos com 61) e Alemanha e Estados Unidos (ambos com 60).

Se quiser participar, você também pode responder o questionário do Teste Nacional de Privacidade (National Privacy Test). É só visitar o site oficial do TNP e responder a pesquisa para conferir quantas respostas você acerta.

Metodologia da pesquisa

O TNP é uma pesquisa com um questionário de acesso público e aberto que qualquer pessoa pode responder. Em 2024, a pesquisa contou com 25567 participantes de 181 países.

As informações contidas neste texto utilizam dados obtidos por meio da pesquisa, que foi realizada até 17 de julho de 2024. Quaisquer diferenças entre o relatório e os resultados contidos neste texto ocorrem em razão de respondentes que participaram da pesquisa após esta data.

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