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O que é swatting e como ele funciona?

Convocar forças de segurança à casa de alguém sobre falso pretexto é o que constituiu o swatting no Brasil e no mundo. Infelizmente, essa prática torna-se mais fácil e difundida com a internet. Entenda, a seguir, o que é swatting, como ele funciona exatamente e como preveni-lo.

O que é swatting e como ele funciona?

O que é swatting?

Uma prática bastante comum na comunidade de jogadores virtuais, o swatting consiste em assediar alguém enviando a polícia à sua residência sem necessidade. Telefonando ao 190 ou ao número equivalente da polícia em outro país, fica fácil alegar uma emergência policial ou denunciar um falso crime em endereço alheio.

O nome desse time faz alusão à força tática de elite norte-americana, a SWAT, retratada em diversas produções cinematográficas e acessada em sérios casos policiais.

O objetivo do swatting se aproxima do cyberbullying: constranger uma pessoa, especialmente durante uma partida de jogo online ou transmissão de vídeo. É francamente comum em ambientes de disputa competitiva de jogos e é considerada crime em diversos países.

Como funciona o swatting?

Em verdade, não há muito mistério sobre o que é swatting. Alguém contata as autoridades policiais fazendo um falso relato. Em regra, algo alarmante é alegado, como um tiroteio ou violência doméstica é atribuído à residência da vítima.

Muitas vezes considerando o chamado falso uma mera diversão, os praticantes do swatting ignoram ou menosprezam os efeitos de acionar inutilmente forças policiais. Afinal de contas, além de mobilizá-las sem propósito real, muitas vezes prejudicando o atendimento de emergências reais, assediam alguém inocente.

Para desferir o ataque de swatting, somente é preciso ter o endereço da vítima. Ainda que não a conheça, o atacante pode obter a informação de algumas maneiras que não por contato direto. Uma das alternativas mais comuns é pela internet.

Como os assediadores conseguem o endereço da vítima?

A facilidade com que os perpetradores do swatting obtêm acesso ao endereço de suas vítimas pode variar. Dentre as possibilidades que a internet abre, listamos as principais a seguir.

Endereço de IP

Apesar de o funcionamento da internet depender do uso dos endereços de IP há anos, o cidadão médio não desconfia o que alguém pode fazer com o seu endereço de IP.

Cada pessoa conectada à internet tem um número pessoal chamado endereço de IP. Esse código numérico é útil para fazer funcionar o tráfego de informações na rede com precisão e sem perdas.

Entretanto, o endereço de IP informa também o posicionamento geográfico de uma pessoa no mundo real. Nas mãos de um agente mal-intencionado, tal código pode motivar incidentes lamentáveis, como um ataque de swatting.

Serviços de localização

Já há alguns anos, grande parte dos dispositivos eletrônicos dispõem de serviços de localização. Facilidades como GPS e mapas em tempo real dependem do rastreamento de localização em tempo real de seus usuários para informar sua referência espacial.

Os dados captados por esses serviços de localização normalmente não são amplamente compartilhados. Porém, em ocasião em que sejam veiculados na internet, redes sociais ou fóruns virtuais, podem resultar em usos daninhos e, ultimamente, no swatting.

Doxxing

Ataques de doxxing aumentam a probabilidade de exposição dos dados pessoais de alguém a ataques de swatting. Muita gente sabe o que é doxxing sem relacionar o nome ao que é: trata-se da disseminação pública de informações que permitem identificar uma pessoa.

Esse tipo de ataque, bastante comum também entre chantagistas virtuais, inclui a possibilidade de publicação do endereço da vítima. Com informações residenciais expostas, torna-se mais provável que uma pessoa mal-intencionada contate as autoridades, provocando um ataque de swatting.

Informação compartilhada online

Os usos de redes sociais e fóruns virtuais muitas vezes estimulam o compartilhamento de informações e vivências. Notavelmente interativos, esses ambientes são território fértil para trolls de internet se aproveitarem de informações sensíveis reveladas por acidente.

Quando alguém compartilha fotos de sua própria residência, essa informação pode ser usada para o mal. Também uma inocente marcação geográfica numa foto de rede social (ou mesmo uma transmissão ao vivo no YouTube ou suas alternativas) pode informar um estranho a localização precisa de um lar.

Por que alguém faz swatting com outra pessoa?

As motivações podem variar tanto de acordo com o perfil das vítimas quanto com as intenções dos golpistas. Muitos dos incidentes são mero fruto de malícia ou tédio, como se fossem golpes leves ou trotes. Alguns podem ser motivados por discussões ou disputas em ambiente virtual, por exemplo.

Por outro lado, figuras públicas também são bastante visadas por ataques do gênero. Políticos, jornalistas, ativistas são alguns alvos habituais, inclusive com fins políticos, para causar transtornos e constrangimentos. Por compartilharem muitas informações publicamente com frequência, a probabilidade de que alguém descubra seus endereços aumenta. Da mesma maneira, aumentam as chances de ataques de swatting.

Incidentes de swatting

Em 2019, o caso de swatting desferido contra o então campeão mundial de Fortnite, Kyle Giersdorf, ganhou fama mundial. O jogador foi obrigado a abandonar temporariamente uma transmissão de vídeo por streaming para atender uma equipe de policiais enviada a sua casa por falsa denúncia.

Registrado para o público espectador em vídeo, o intervalo inusitado e indesejado felizmente foi breve. Os agentes da lei reconheceram o jogador e o mal-entendido foi dissolvido rapidamente.

Para além da seara dos jogos eletrônicos, há também casos notórios de swatting usado para intimidar ativistas. Em 2020, Melina Abdullah, membro do grupo norte-americano Black Lives Matter também foi alvo de um trote desse tipo.

Na ocasião, a polícia de Los Angeles foi acionada até a residência de Abdullah por alegações de uma situação em curso envolvendo reféns. O engano foi desfeito sem feridos. Mas nem todas as vítimas desse tipo de golpe têm a mesma sorte.

Em 2017, Andrew Finch recebeu a visita das forças de segurança no estado norte-americano do Kansas, por ligação falsa de Tyler Barris, do estado da Califórnia, relatando também uma situação com reféns. Infelizmente, nesse caso Finch foi abatido a tiros.

Ocorrências extremas como essa reforçam o argumento de que o swatting é uma forma de assédio que ultrapassa uma brincadeira de mau gosto. Primeiramente, há o transtorno em mobilizar forças públicas sem necessidade, prejudicando tanto agentes da lei quanto quem necessita de ajuda. Por cima disso, pessoas inocentes podem se machucar e até morrer, como já foi demonstrado por exemplos reais.

Como prevenir o swatting?

Dentre os possíveis abusos possíveis com informações nas mãos erradas estão também o roubo de identidade e os ataques de phishing, que podem levar a prejuízos ainda mais sérios.

  • Primeiramente, o cuidado pessoal é fundamental. Tanto jogadores quanto usuários de internet com outras finalidades podem evitar divulgar informações que facilitam a terceiros conhecer identidade, contato e localização.
  • Em fóruns e ambientes de discussão virtual, o uso de pseudônimos que facilitem a identificação pessoal é um cuidado de segurança relevante.
  • Usar uma VPN ajuda a proteger o endereço de IP. Esse tipo de rede privada virtual permite navegar e interagir normalmente na internet sem expor o IP individual. Além de permitir o anonimato virtual, a VPN é útil para a cibersegurança em geral, criptografando os dados trocados virtualmente.

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