Seu IP: Sem dados · Seu status: ProtegidoDesprotegidoSem dados

Pular para o conteúdo principal

O que é um ISP e como funciona?

Você paga seu ISP todos os meses e é ele que te permite acessar a internet. Só que nem tudo é perfeito: além de garantir seu acesso à rede mundial de computadores, o ISP também coleta uma imensa quantidade de dados sobre suas atividades online. Usar um software VPN pode ajudar a ocultar seu tráfego online, mas seu ISP ainda vai conseguir detectar algumas informações sobre sua vida virtual. Mas então, o que é um ISP na prática? Como ele funciona? E como uma VPN pode melhorar sua privacidade? Continue lendo e confira.

O que é um ISP e como funciona?

Índice

Índice

O que é um ISP?

ISP é a sigla para Internet Service Provider, ou provedor de serviço de internet. A sigla é usada para designar qualquer empresa ou organização que forneça serviços relacionados ao acesso, utilização, gerenciamento ou participação na WWW (World Wide Web, ou seja, a internet propriamente dita).

Os ISPs podem ser categorizados de diferentes formas, como provedores comerciais, provedores comunitários, provedores sem fins lucrativos e provedores individuais/particulares. Os serviços de acesso à internet abrangidos pelos ISPs geralmente incluem trânsito de internet (fluxo de dados), acesso à internet, nomes de domínio, alocação, registro e web hosting (hospedagem web).

Como surgiram os ISPs?

No começo, as primeiras redes eram as intranets (redes internas). A primeira delas foi chamada de ARPAnet, uma rede desenvolvida em uma parceria entre o governo dos Estados Unidos e laboratórios de pesquisa. A ARPAnet basicamente conectava universidades e esteve ativa de 1969 a 1990.

Outras empresas e organizações começaram a ampliar as redes com ferramentas de discagem (dial-up), como o UUCP (Unix-to-Unix Copy, ou cópia Unix-para-Unix, um sistema operacional criado em 1969), que permitia a comunicação entre diferentes dispositivos em uma mesma rede.

No fim da década de 1980, as redes que formariam a internet propriamente dita já estavam em expansão, rumo à viabilização do uso comercial da internet. Em 1989 surge a WWW, chamada simplesmente de Web.

Prodigy, America Online (AOL) e CompuServe foram algumas das primeiras provedoras de internet que surgiram no fim dos anos 1980. No início, a oferta de serviços era limitada: os provedores ofereciam serviços de conexões discadas, que permitiam acesso à internet através do uso da rede de telefonia. A maioria desses provedores permitia um acesso muito restrito à internet, apenas tornando viável a troca de e-mails e o acesso a alguns websites. O acesso completo à internet só seria disponibilizado efetivamente mais tarde.

As empresas de TV a cabo e as companhias telefônicas também passaram a funcionar como ISPs, já que conseguiam oferecer serviços de conexão à internet através da infraestrutura de cabeamento existente. Em vez de conexões discadas, elas conseguiam disponibilizar conexões de banda larga por meio de modems e DSL (Digital Subscriber Line, ou linha de assinatura digital).

Hoje, os provedores de internet são também serviços de TV por assinatura e telefonia. O mercado que havia passado por uma diversificação nos anos 1980 e 1990 começou a se aglutinar cada vez mais em torno de grandes empresas de tecnologia nos anos 2000 e 2010, e esse movimento continua a se intensificar na década de 2020.

Qual é o papel de um ISP?

Os ISPs têm um papel fundamental no funcionamento da rede mundial de computadores, além de permitir também a expansão da conectividade para diversas áreas e populações que ainda sofrem com a exclusão digital.

Os provedores de internet possibilitam que pessoas, empresas e organizações diversas sejam incluídas na rede mundial de computadores e que diferentes redes se interliguem formando a internet global. Isso facilita o acesso à comunicação, a integração de economias, as trocas culturais e a disseminação de conhecimento.

Além disto, os provedores de internet têm uma relação direta com uma série de tecnologias que foram desenvolvidas e aprimoradas e que permitem que o nosso acesso à internet seja da forma como é hoje:

  • Tecnologia de discagem: a tecnologia de discagem (dial-up) foi muito importante para permitir os primeiros passos no desenvolvimento da internet, garantindo acesso às pessoas quando outras tecnologias ainda não estavam disponíveis ou acessíveis. Apesar de obsoleta, ela ainda é usada em muitos locais e foi fundamental para o desenvolvimento da WWW.
  • Tecnologia DSL: a Digital Subscriber Line (linha digital de assinante) é uma tecnologia essencial para permitir transmissão de dados digitais usando infraestrutura de linhas telefônicas.
  • Tecnologia de cabeamento e banda larga: ao usar infraestrutura das operadoras de TV a cabo, o desenvolvimento da fibra óptica ajudou a garantir velocidades de conexão ainda mais altas, ampliando, assim, as possibilidades de uso para os usuários e melhorando a experiência online como um todo.

Nós podemos resumir os ISPs como agentes de intermediação entre as pessoas e a infraestrutura da internet como um todo, permitindo uma conexão entre dispositivos do mundo inteiro e a interação entre eles.

Como os serviços de provedores de internet funcionam?

Primeiro, é importante ressaltar que há tipos diferentes de provedores de internet. Mas, no geral, todos eles seguem um funcionamento padrão e eles podem ser categorizados em Tiers, ou níveis.

Os provedores de internet de nível 1 são aqueles que oferecem acesso à internet como um todo, fazendo isso por meio de acordos de interconexão. São eles que conectam as diversas redes ao redor do mundo, formando a internet como nós a conhecemos de modo mais abrangente.

No segundo nível, podemos incluir os provedores de internet que oferecem serviços de conectividade voltados para empresas. Os provedores de nível 2 são especializados em conectar ambientes corporativos e empresariais no geral. Eles também estruturam redes internas de modo mais profissional e permitem a conexão delas com a internet como um todo.

Já os provedores de nível 3 são aqueles que realizam a aquisição de largura de banda de conexões já existentes, ou seja,quando elas não são usadas em sua totalidade e geram um excedente. Desse modo, realizam a comercialização desta largura de banda para os usuários no geral.

Os provedores de internet funcionam como um gateway ou ponto de intermediação entre as pessoas e a internet. Eles são como pontes que permitem o acesso à WWW através da criação de uma rede que se comunica com as demais redes, formando o mundo virtual global.

Entretanto, é importante entender que o nível de acesso varia de provedor para provedor e de país para país. Em algumas regiões, por exemplo, os provedores não fornecem acesso a todos os conteúdos online por questões de direitos autorais, limitações de conexão (alguns websites e plataformas só são acessíveis em determinados locais, principalmente por questões comerciais) ou também por motivos de censura governamental.

Explicando de forma simples, o ISP cria um ponto de acesso na sua residência (ou empresa) e permite que o tráfego de informações se desloque deste ponto até outros pontos que formam a rede mundial de computadores.

Para viabilizar tudo isso, os provedores de internet usam tecnologias de cabeamento, DSL, fibra óptica, conexão via satélite e infraestrutura de linhas telefônicas. Por meio de equipamentos como modens, os ISPs permitem que os usuários finais tenham contas ativas (geralmente mantidas por planos de assinatura mensal) que validam o acesso ao ISP e, assim, o acesso à internet viabilizado pelo provedor de internet.

A sua conexão é identificada na rede mundial de computadores através de um endereço de IP (confira nosso guia sobre os diferentes tipos de IP), que é fornecido pelo ISP. Esta identificação é fundamental para validar a sua conexão na internet.

Quais são os tipos de ISP?

Há vários tipos e categorias de ISP, geralmente separados de acordo com o tipo de tecnologia que eles utilizam para permitir a conexão com a internet. Confira:

  • Provedores de acesso discado: são os ISPs que dão acesso à internet por meio de infraestrutura de linhas telefônicas de modo analógico. Eles são chamados de provedores de internet discada. Apesar de essa ser uma tecnologia antiga, ela ainda é muito usada em regiões com maior limitação de acesso a conexões mais modernas.
  • Provedores via cabo: são os ISPs que garantem acesso à internet via TV a cabo para permitir a transmissão de dados e a conexão com a web.
  • Provedores de fibra óptica: como o nome diz, são os provedores de internet que oferecem conexão via cabeamento de fibra óptica, garantindo velocidades maiores e mais largura de banda. Essa é uma das modalidades mais usadas hoje em dia, principalmente para garantir melhor performance e estabilidade na conexão.
  • Provedores via satélite: são provedores que fornecem conexão com a internet através de satélites. Eles estão muito presentes em regiões mais remotas, onde tecnologias de cabeamento e telefonia são menos acessíveis.
  • Provedores de DSL: são os ISPs que fornecem acesso à internet com alta velocidade e, no geral, usam ADSL.
  • Provedores de internet sem fio: também chamados de ISPs de Wi-Fi, eles oferecem conexão Wi-Fi fixa ou móvel. São muito usados principalmente para garantir a conectividade de dispositivos móveis. Estes pontos são instalados tanto nas residências e empresas quanto para acesso público (com as redes públicas de Wi-Fi, presentes principalmente em shoppings, restaurantes, cafés, aeroportos, praças e outros espaços comuns).
  • Provedores móveis: são os ISPs que fornecem internet via telefonia móvel através de tecnologias como 3G, 4G, 5G e também 6G. No geral, este serviço é fornecido pelas próprias operadoras de telefonia móvel em planos pré-pagos ou pós-pagos.
  • Provedores gratuitos: são os ISPs que oferecem conexão com a internet sem nenhum tipo de cobrança. Muitos deles ganham dinheiro através de publicidade veiculada aos usuários, mas outros são mantidos fomo freenets (conexões livres) gerenciadas por voluntários. Os provedores gratuitos são importantes para garantir acessibilidade e inclusão digital, principalmente em áreas carentes, e também para atender pessoas em situação de vulnerabilidade social.
  • Provedores virtuais: os provedores virtuais (VISP, ou Virtual Internet Service Providers, provedores virtuais de serviço de internet) são os ISPs que compram serviços de outros provedores e vendem planos utilizando infraestruturas pré-existentes.

Quais são os provedores de internet mais populares no Brasil?

No Brasil, há uma grande quantidade de provedores de internet em operação. Mas há uma tendência de aglutinação de mercado. O número de ISPs ativos no Brasil foi de 12.826 para 11.630 de 2020 para 2022 (uma queda de 9.3%), enquanto o número de conexões banda larga subiu de 36,3 milhões para 45,4 milhões no mesmo período (um aumento de 25%).

Para entender melhor o quanto o mercado tem sido concentrado em poucas empresas, só 13 ISPs no Brasil possuem mais de 200 mil clientes.

De acordo com dados de 2023, os 10 provedores de internet mais populares no Brasil em porcentagem total do número de conexões de banda larga são:

  • Claro (20,9%)
  • Vivo (14,1%)
  • Oi (10,2%)
  • EB Fibra (3,2%)
  • Brisanet (2,7%)
  • Desktop (2,1%)
  • Vero (1,8%)
  • Algar (1,7%)
  • TIM (1,7%)
  • Unifique (1,5%).

Os 40,2% restantes das conexões de banda larga são divididos entre outras operadoras com porcentagens menores de participação no mercado.

Quais são os provedores de internet mais populares no Brasil?

Em termos de confiabilidade, nem sempre os serviços mais populares são aqueles que oferecem maior nível de cibersegurança. De acordo com dados de 2023, os provedores menores se destacaram em termos de qualidade e boas avaliações por parte dos clientes: em 12 estados brasileiros, eles chegaram ao topo na liderança em entrega de qualidade e segurança, um aumento de 33% em relação ao ano de 2022.

Alloha, Brisanet, Desktop, Vero, Unifique, America Net, Triple Play, MHNet, Ligga e Brasil Serviços de Telecomunicações ficaram no topo entre os ISPs regionais. Em São Paulo, por exemplo, o ISP Desktop ofereceu velocidade média de 152Mbps em comparação com a Vivo, que entrega em torno de 71.16Mbps.

A estabilidade na conexão é fundamental para o nível de segurança oferecido pelo ISP. A capacidade de oferecer suporte rápido e eficiente também ajuda a mitigar perigos de ciberataques, principalmente no armazenamento de dados sensíveis dos clientes.

Quais tipos de dados os ISPs conseguem visualizar e rastrear?

O seu provedor de internet é sua porta de entrada para o mundo online e, dessa forma, ele tem acesso a uma grande quantidade de dados. Seu ISP consegue rastrear seus dados para permitir ou bloquear o seu acesso à internet, e muitos provedores até mesmo vendem dados pessoais dos usuários para terceiros.

O seu provedor de internet é sua porta de entrada para o mundo online e, dessa forma, ele tem acesso a uma grande quantidade de dados. Seu ISP consegue rastrear seus dados para permitir ou bloquear o seu acesso à internet, e muitos provedores até mesmo vendem dados pessoais dos usuários para terceiros.

Aqui estão alguns tipos de atividade online que um ISP consegue acessar e rastrear por padrão quando você não usa uma VPN:

  • Solicitações DNS.
  • Os websites que você visita.
  • O conteúdo de dados não criptografados que você envia.
  • Seu endereço de IP (confira nosso guia sobre o que alguém pode fazer com seu IP).
  • A quantidade de dados (largura de banda) que você usa.

É através do monitoramento destas informações que seu ISP consegue ajustar a velocidade da sua conexão caso você exceda alguns limites ou utilize muitos dados durante horários de maior movimentação.

Este ajuste pode ter um impacto negativo na sua largura de banda e reduzir a velocidade da sua internet. Um ISP também consegue fazer uma inspeção profunda de pacotes para escanear sua atividade online.

Um ISP consegue saber se eu estou usando uma VPN?

Sim, o seu provedor de internet consegue identificar que você está utilizando uma VPN. Ele também consegue mensurar a quantidade de tráfego de dados que entra e sai da sua conexão.

Mas, ainda assim, quando você usa uma VPN, o seu ISP não consegue visualizar os websites que você visita, o conteúdo que você assiste ou o conteúdo que você baixa. Dessa forma, com uma VPN ativa, a quantidade de dados que seu provedor de internet consegue acessar diminui bastante.

É importante ressaltar que seu provedor de internet pode sim bloquear o seu acesso a um software VPN. Apesar de isso não ser algo muito comum e geralmente acontecer apenas em países e regiões com fortes imposições sobre o conteúdo online que a população pode acessar, os provedores podem sim bloquear o acesso à VPN porque estas ferramentas permitem burlar as restrições de largura de banda colocadas por eles.

Por exemplo: um ISP pode bloquear um protocolo VPN específico ou bloquear a sua conexão VPN por completo. Mas há opções de VPN que são mais robustas e que conseguem impedir que seu provedor identifique que você está com uma conexão virtual ativa.

A NordVPN conta com split tunneling (tunelamento dividido), que ajuda a selecionar quais tipos de tráfego passam pelo servidor VPN, enquanto o IP dedicado garante um endereço de IP que só você vai usar. Estes dois recursos, além dos servidores ofuscados, ajudam a melhorar a sua experiência de navegação e também a sua segurança online.

Como impedir que seu ISP consiga te rastrear?

Há algumas maneiras bastante eficientes de bloquear o rastreamento feito pelo seu provedor de internet. Veja algumas delas:

  1. Use uma boa VPN: um bom software VPN cria uma conexão segura entre o seu dispositivo e os servidores VPN, criptografando seu tráfego de internet e realizando o roteamento dele através de um túnel VPN protegido, o que limita a quantidade de informações que seu ISP pode rastrear. Com uma VPN, você consegue navegar na internet com mais segurança e privacidade, mesmo quando precisar se conectar a uma rede pública de Wi-Fi. Confira nosso guia completo sobre rastreamento e VPN.
  2. Use navegadores mais privativos: navegadores web mais privativos, como o Tor, conseguem oferecer um nível de segurança de dados maior para a sua conexão. O Tor usa uma rede própria e aplica criptografia de múltiplas camadas para rotear seu tráfego web através de vários servidores geridos por voluntários. Isso faz com que seja extremamente difícil que o seu ISP consiga rastrear os seus dados e atividades online, te proporcionando mais segurança de que seus dados não são monitorados e interceptados.
  3. Use um servidor proxy: você também pode rotear o seu tráfego através de um servidor proxy. Entretanto, tudo o que um servidor proxy faz é alterar seu endereço IP, sem criptografar seus dados ou fornecer nenhum tipo de segurança adicional. Confira nosso guia completo sobre como mascarar o IP.
  4. Use HTTPS: outra estratégia é visitar apenas websites com HTTPS na URL. O HTTPS é um protocolo de segurança que criptografa os dados trocados entre o seu navegador e o servidor do website, protegendo seus dados contra o rastreamento do provedor de internet. Mas é importante ressaltar que seu provedor de internet ainda vai conseguir visualizar o horário em que você se conecta, os websites que você visita e a quantidade de dados que você baixa.

Como escolher o provedor de internet certo?

Há alguns critérios importantes que você precisa levar em conta no momento de fazer a escolha do seu provedor de internet. Afinal, a qualidade do provedor vai afetar diretamente a sua experiência de navegação na internet. Estes são os principais critérios que você deve observar:

  • Área de cobertura: é fundamental verificar se o seu provedor de internet abrange a área na qual você vive.
  • Preço: confira quais pacotes de serviços estão disponíveis e os preços de cada um deles, e faça uma comparação com outras operadoras presentes na sua região. Também é importante checar se o provedor aplica cobranças adicionais, como valores pela instalação ou pelo aparelho, por exemplo.
  • Análises dos consumidores: outro ponto essencial é conferir as opiniões e avaliações dos consumidores atuais em relação ao serviço oferecido.
  • Pacotes ideais: nem sempre o plano mais caro e com a maior velocidade vai ser a melhor opção para todos os casos. Verifique primeiro quais são as suas necessidades e escolha um pacote que entregue o que você precisa. A quantidade de dispositivos conectados, o tipo de conteúdo que você acessa e até mesmo o tamanho da sua casa são fatores importantes na hora de contratar um plano com maior ou menor largura de banda.
  • Tipo de conexão: também é muito importante entender qual ou quais os tipos de conexão disponíveis na sua região para fazer a melhor escolha. Fibra óptica, cabo, internet via rádio, ADSL ou satélite oferecem conexões de qualidades e intensidades de sinal diferentes.
  • Qualidade do suporte: outro ponto crucial é o nível de qualidade de suporte oferecido pelo provedor de internet. Contar com apoio profissional é fundamental para garantir a melhor entrega de serviço possível.

Sua segurança online começa com um clique.

Fique em segurança com a VPN líder a nível mundial