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O que é o malware? Definição, tipos e remoção

Malware, amálgama de “malicious software” (software malicioso), é um programa de computador criado para causar danos. Pode ir desde os irritantes anúncios pop-up até aos ataques de ransomware, que impedem os utilizadores de acederem aos seus próprios ficheiros. Vírus, spyware e outras ameaças desagradáveis podem infiltrar-se nos computadores, telemóveis e até em grandes redes, o que pode facilitar o roubo de dados, a fraude financeira ou provocar graves perturbações. Os cibercriminosos estão constantemente à procura de novas formas de se infiltrar nos sistemas informáticos, daí a importância de se compreender o malware — o que é, como se espalha e como se defender para garantir a sua segurança online. Neste artigo, explicamos-lhe tudo isso e deixamos-lhe sugestões sobre como se proteger.

26 de mar. de 2025

12 mín. de leitura

O que é o malware? Definição, tipos e remoção

O que é o malware?

Definição de malware

O malware é um programa informático criado para danificar, explorar ou obter acesso não autorizado a dispositivos, redes e dados. Existem vários tipos de malware, como vírus, worms, ransomware, spyware, adware e cavalos de Troia. Cada um utiliza diferentes métodos para se infiltrar nos sistemas informáticos e causar problemas.

Os efeitos das infeções por malware podem ir desde um ligeiro aborrecimento até uma grave crise de segurança. Se uma pequena infeção por adware pode limitar-se a inundar o seu ecrã com anúncios pop-up, já o ransomware pode bloquear todo o seu sistema, exigindo o pagamento de milhares de euros de resgate. Nos piores casos, os ataques de malware podem dar origem a violações maciças de dados, expondo informações confidenciais e causando danos à reputação.  

O modo de funcionamento do software malicioso depende do seu tipo e objetivo. Há programas maliciosos, como os vírus, que se ligam a ficheiros válidos e que precisam da interação de um utilizador para se propagarem. Já outros, como os worms, replicam-se e espalham-se pelas redes sem a intervenção do utilizador. As ameaças mais avançadas, como o malware sem ficheiros, utilizam as ferramentas do sistema para levarem a cabo os ataques de malware, tornando-os ainda mais difíceis de detetar.

Um dos maiores perigos do malware é a capacidade de se propagar rapidamente. Os cibercriminosos utilizam sites maliciosos, anexos de e-mail infetados e software comprometido para introduzirem malware nos dispositivos, sem que o utilizador se aperceba disso. Basta um clique ou uma transferência para pôr todo o sistema em risco, e é por isso que são necessárias fortes medidas de segurança de rede para proteger os dispositivos.

Quais os efeitos do malware?

O software malicioso pode entrar nos dispositivos através de vários métodos dissimulados: anexos de e-mail, sites maliciosos, transferências de software infetado e até anúncios maliciosos. Uma vez lá dentro, pode causar estragos de várias formas, entre elas o roubo de informações sensíveis, fraude financeira, espionagem e até a corrupção de redes inteiras.

Há alguns tipos de malware que funcionam silenciosamente em segundo plano, recolhendo dados pessoais como credenciais bancárias e informações de início de sessão, sem que o utilizador saiba. Outros, como o ransomware, atacam na hora, bloqueando todos os ficheiros do dispositivo e exigindo o pagamento de um resgate para os desbloquear. Estes ataques de malware podem ter efeitos catastróficos, sobretudo para as empresas, provocando grandes perdas financeiras e causando danos à reputação. Em casos extremos, podem ser comprometidas redes inteiras, levando a paralisações operacionais e a violações de dados.

Quanto mais tempo o malware passar sem ser detetado, mais danos pode causar. Uma pequena infeção pode começar com um ligeiro abrandamento do desempenho, mas, se não for contida, pode evoluir para o roubo de dados, a fraude financeira ou o bloqueio total do sistema. A capacidade de detetar as infeções de malware numa fase inicial pode ajudar a evitar danos de maior dimensão. Aqui estão alguns sinais comuns de malware a que deve estar atento:

  • Desempenho lento: se o seu dispositivo ficar de repente mais lento, deixar de responder ou tiver dificuldade em executar tarefas básicas, o malware pode estar a utilizar recursos do sistema em segundo plano.
  • Falhas ou bloqueios frequentes: se o seu computador ou telemóvel for continuamente abaixo, apresentar mensagens de erro ou bloquear sem motivo, pode estar infetado.
  • Mensagens pop-up indesejadas e redirecionamentos do navegador: se for constantemente bombardeado por anúncios intrusivos ou redirecionado para sites duvidosos, o seu sistema pode estar comprometido por adware ou outros programas nocivos.
  • Atividade estranha na rede: o malware comunica muitas vezes com servidores externos para enviar dados roubados. Se notar uma utilização desmesurada dos dados ou ligações não autorizadas, é um sinal de alerta.
  • Inícios de sessão suspeitos ou violações de segurança: se receber alertas sobre inícios de sessão de localizações desconhecidas ou notar alterações que não reconhece nas suas contas online, o malware pode estar a extrair as suas credenciais.

História do malware

O malware existe há décadas. A sua história remonta aos anos ‘70, quando o primeiro programa de malware de que há registo, o Creeper, se espalhou através da ARPANET numa prova de conceito. Nessa altura, o malware era mais uma curiosidade do que uma ameaça credível.

No final da década de 1980 e início da década de 1990, os vírus já tinham produzido danos substanciais. Em 1986, o vírus Brain atacava as disquetes, constituindo o primeiro exemplo de malware para PC. À medida que a tecnologia avançava, o mesmo acontecia com as ciberameaças. A década de 2000 trouxe um aumento de botnets, worms e cavalos de Troia, que conseguiam roubar dados, controlar os computadores infetados e lançar ataques de malware em grande escala.

Hoje, os ataques de malware são mais sofisticados e têm um alcance cada vez maior. Os cibercriminosos utilizam as automações, a inteligência artificial e serviços clandestinos, como o malware como serviço (MaaS), para lançar ataques de malware em grande escala. Nenhum dispositivo ligado está verdadeiramente seguro. Qualquer um que se ligue a uma porta USB — incluindo luzes, ventoinhas, altifalantes e até brinquedos — pode ser explorado para espalhar código malicioso.

Tipos e exemplos de malware

Há muitos tipos de malware, cada qual com as suas características. Alguns são criados para roubar dados confidenciais, enquanto outros interferem em sistemas informáticos e assumem o controlo não autorizado de dispositivos. Segue-se um resumo dos diferentes tipos de malware, com exemplos:

Tipo de malware

Exemplos

Como funciona

Grau de disseminação

Virus

Melissa

Liga-se a ficheiros e espalha-se quando eles são abertos, levando à corrupção de dados e a falhas do sistema.

Muito comum

Worm

ILOVEYOU worm

Autorreplica-se e espalha-se pelas redes sem interação do utilizador.

Moderadamente comum

WannaCry

Bloqueia ou encripta ficheiros, pedindo o pagamento de um resgate para restaurar o acesso.

Cada vez mais comum

Recolhe silenciosamente dados pessoais, como palavras-passe, informações financeiras e atividade de navegação.

Muito comum

Zeus

Disfarçam-se de software legal, dando secretamente aos hackers acesso ao sistema.

Extremamente comum

Mirai

Transforma os dispositivos infetados numa rede de bots que serve para lançar ciberataques em grande escala, como os ataques DDoS.

Moderadamente comum

Ardamax

Regista secretamente os batimentos de teclas num dispositivo, captando palavras-passe, números de cartões de crédito e outros dados sensíveis.

Comum

Malware sem ficheiros

PowerShell Empire

Funciona sem deixar ficheiros tradicionais para trás, mas utilizando processos do sistema para perpetrar os ataques.

Em ascensão

Adware

Adware.Gen

Bombardeia os utilizadores com anúncios indesejados, podendo tornar os dispositivos mais lentos.

Muito comum

Criptossequestro

CoinMiner

Sequestra o poder de processamento de um dispositivo para minerar secretamente criptomoedas, diminuindo o seu desempenho e aumentando o consumo energético.

Em ascensão

Proteção contra o malware

Com o aumento das estatísticas de ataques de malware, nunca foi tão importante proteger os seus dispositivos. Para estar um passo à frente das ciberameaças, deve aprender a detetar malware, removê-lo e evitá-lo antes que possa causar danos. Seguem-se alguns passos para manter os seus dispositivos seguros e saber o que fazer se suspeitar de uma infeção.

Como livrar-se do malware

Se o seu dispositivo estiver infetado, a principal prioridade é remover o malware:

  1. 1.Faça uma análise completa do sistema: utilize um analisador de malware para detetar e remover as ameaças. Uma análise completa com um software antivírus ou antimalware pode ajudar a identificar ficheiros maliciosos e a pô-los em quarentena.
  2. 2.Reinicie o dispositivo no modo de segurança e elimine programas suspeitos: o modo de segurança impede que os programas maliciosos sejam executados durante o arranque, fazendo com que seja mais fácil removê-los.
  3. 3.Desinstale aplicações suspeitas: siga o processo de desinstalação de fábrica para remover malware ou outros programas indesejados do seu dispositivo, que possam causar danos ao sistema.
  4. 4.Restaure o sistema para um ponto anterior: se tiver uma cópia de segurança completa do seu sistema operativo e ficheiros ou se o seu dispositivo tiver um ponto de restauro configurado, utilize-o para fazer retroceder o sistema para um momento anterior à ocorrência da infeção. Isso irá reverter todas as alterações feitas pelo software malicioso.

Como evitar malware

É sempre melhor prevenir do que remediar. Para minimizar o risco de malware, siga estas recomendações de cibersegurança:

  • Tenha cuidado com os e-mails e as transferências: evite clicar em ligações desconhecidas ou transferir anexos suspeitos, especialmente se tiverem sido enviados por pessoas que não conhece.
  • Mantenha o seu software e dispositivos atualizados: a atualização regular do seu sistema operativo, navegadores e software ajuda a corrigir eventuais vulnerabilidades de segurança da rede.
  • Pratique uma navegação segura: utilize um bloqueador de sites maliciosos ou um verificador de ligações antes de abrir URL de fontes desconhecidas, para se certificar de que não são fraudulentos nem prejudiciais, e instale uma VPN com funcionalidades de proteção incorporadas.
  • Utilize palavras-passe fortes e a autenticação multifator: aumentará assim a segurança das suas contas, evitando acessos não autorizados.
  • Limite-se a fontes confiáveis: escolha sempre plataformas de confiança e verifique a legitimidade daquilo que descarrega.
  • Instale um software antivírus e antimalware: estas ferramentas ajudam a detetar ciberameaças antes que causem danos graves.
  • Utilize extensões no navegador: os bloqueadores de anúncios e as ferramentas antiphishing bloqueiam conteúdo nocivo e protegem a sua experiência online.
  • Mantenha-se informado: informe-se sobre novos programas maliciosos e formas de se proteger.

Como denunciar ataques de malware

Embora não exista um botão direto para denunciar um ataque de malware, há canais a que pode recorrer para reportar ciberameaças e ajudar a evitar mais danos:

  • Se for vítima de um ataque de malware, pode denunciá-lo a uma organização de cibersegurança nacional ou a uma unidade de combate ao cibercrime. Em Portugal, essas denúncias podem ser feitas ao Gabinete do Cibercrime ou à PJ.
  • Se encontrar um site que pareça estar a espalhar malware, pode informar motores de pesquisa como o Google e o Microsoft Bing. Há muitos navegadores que também têm funcionalidades incorporadas para identificar e denunciar sites perigosos.
  • Se sofrer alguma infeção de malware no trabalho, informe de imediato o departamento de TI para que possam tomar medidas para conter e eliminar a ameaça.

Tendências futuras no desenvolvimento de malware

À medida que a tecnologia se vai tornando cada vez mais inteligente, o mesmo acontece com o malware, e as tendências não mentem. Todos os dias são detetados mais de 450 000 novos programas de malware.

Uma das ameaças mais alarmantes é o rápido aumento dos ataques de ransomware. Se, em 2011, se registavam apenas cinco grandes incidentes de ransomware por ano, em 2024 os especialistas de cibersegurança apontam para 20 a 25 grandes ataques de ransomware diários.

A inteligência artificial (IA) está a tornar o malware cada vez mais engenhoso e mais difícil de detetar. Os ataques de phishing gerados por IA estão a tornar-se tão convincentes que 65% dos e-mails de phishing conseguem escapar às verificações de autenticação e 58% passam pelos filtros de segurança tradicionais. Os especialistas de cibersegurança atribuem a tendência ao facto de os cibercriminosos utilizarem a IA generativa para criar ataques altamente personalizados e automatizados, tornando o phishing mais perigoso do que nunca.

A última tendência preocupante, porém, é a utilização do Discord como plataforma de distribuição de software malicioso. Os programas de malware descobertos nesta aplicação ou distribuídos através dos canais do Discord disfarçam-se muitas vezes de truques para jogos, programas de pirataria ou outros ficheiros aparentemente inofensivos. Os hackers também utilizam a plataforma para partilhar ligações de phishing e vender malware como serviço, o que faz com que seja mais fácil do que nunca lançar ataques de malware.

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Ugnė Zieniūtė

Ugnė Zieniūtė é uma gestora de conteúdo na NordVPN que gosta de pesquisar as últimas tendências de segurança cibernética. Ela acredita que todos devem cuidar da sua segurança online, por isso deseja partilhar informações valiosas com os leitores.