O que sabemos sobre Sophia?
Sophia, um robô humanoide socialmente inteligente, foi desenvolvida pela empresa de engenharia e robótica Hanson Robotics, com sede em Hong Kong. Comparada com anteriores robôs, Sophia é muito avançada e pode imitar gestos humanos, bem como manter uma conversação simples. David Hanson, juntamente com brilhantes especialistas em IA e robótica, projetou Sophia para trabalhar com idosos em lares, com crianças, no atendimento ao cliente ou para ajudar multidões em grandes eventos.
Sophia foi ativada pela primeira vez em 14 de fevereiro de 2016. Parecendo uma personagem de um filme de ficção científica, ela é inspirada em Nefertiti, a antiga rainha egípcia, na atriz Audrey Hepburn, e em Amanda Hanson, a esposa do fundador da Hanson Robotics.
A semelhança humana de Sophia é incrível – ela pode imitar mais de 60 expressões faciais identificadas pela API de reconhecimento facial e tem uma pele realista feita de um material chamado Frubber. Se não fossem os chips a piscar na parte de trás da sua cabeça, poderia pensar-se que Sophia era uma mulher real.
Em outubro de 2017, o governo da Arábia Saudita concedeu a cidadania a Sofia, tornando-a no primeiro não-humano a obter cidadania em qualquer país. O criador de Sophia viu a obtenção desta cidadania como uma oportunidade para falar sobre os direitos das mulheres num país que não os respeita. Sophia foi nomeada Campeã de Inovação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento um mês depois.
A inteligência artificial de Sophia
Sophia, a invenção da equipa da Hanson Robotics, usa uma combinação de IA (termo bastante difundido e popularizado por ferramentas como o ChatGPT), uma visão computorizada que a ajuda a andar e a localizar-se, e uma tecnologia de reconhecimento de fala da Alphabet Inc. que lhe permite aprender e melhorar com o tempo.
A sua síntese de fala, o processo de produção artificial da fala humana, é fornecida pela empresa escocesa CereProc e ajuda a criar uma voz que soa de forma natural e expressiva. Sophia também é capaz de cantar.
Ela usa algoritmos de aprendizagem de máquina (machine learning) para processar informações e gerar respostas, permitindo-lhe aprender e adaptar-se a novas situações ao longo do tempo. E como máquina, Sophia pode ser uma ótima interlocutora. Ela foi programada com conhecimentos em vários tópicos, como arte, ciências e eventos atuais.
É importante saber que a Sophia não é senciente. Ela é uma máquina que pode imitar características humanas, mas não tem consciência ou emoções. É uma tecnologia sofisticada que pode aprender e adaptar-se a novas situações conforme vai estando exposta às mesmas.
Sophia entre o público
Sophia tornou-se instantaneamente uma sensação entre os média e foi alvo de notícias nos meios de comunicação em todo o mundo. Participou em entrevistas de imprensa de alto nível, em programas de TV, conferências de tecnologia e foi falada em meios de comunicação internacionais, incluindo a CBS, a NBC e a BBC. Ela até teve um encontro com Will Smith!
Sophia também apareceu em populares programas de TV como o The Tonight Show, com Jimmy Fallon, e o Good Morning Britain. Foi falada em meios de comunicação como a Forbes, o The New York Times, o The Wall Street Journal e o The Guardian, que destacaram as capacidades avançadas de IA de Sophia e o seu papel enquanto representante do futuro da robótica e da tecnologia de IA.
Porque foi a Sophia criada?
Sophia foi criada para mostrar as capacidades avançadas das tecnologias da Hanson Robotics e para demonstrar as possíveis aplicações destas tecnologias em diferentes indústrias. O objetivo dela era divulgar a importância de se compreender a IA e servir como uma plataforma para discussões sobre a ética e implicações da IA.
Ao criar um robô realista capaz de manter uma conversação e expressar emoções humanas, a Hanson Robotics pretendia demonstrar as capacidades da IA e o que é possível fazer no desenvolvimento de robôs humanoides.
A Sophia é perigosa?
Todos já vimos filmes distópicos nos quais os robôs dominam o mundo e ameaçam a humanidade. Calma – a Sophia é diferente. Apesar da sua famosa frase: “Ok, vou destruir os humanos”, numa entrevista à CNBC em março de 2016, Sophia não é inerentemente perigosa.
Ela foi desenhada como um robô amigável e interativo que promove a compreensão e o envolvimento do público com a tecnologia de IA. Ao criar a Sophia, a Hanson Robotics tomou várias medidas e restrições de segurança para garantir que ela não pudesse causar dano aos humanos.
Inteligência artificial em 2024
A tecnologia de IA deu um salto gigantesco e demonstrou o seu potencial de aplicação em ainda mais indústrias diferentes. Tudo, desde processamento de linguagem natural (PLN) até visão computacional e sistemas de chat como o ChatGPT apresentaram melhorias significativas e, sem dúvida, vão continuar a desenvolver-se em 2024.
É provável que a IA fique ainda melhor no que se refere a compreender a linguagem humana com mais precisão e a interpretar informações visuais. Os desenvolvimentos em machine learning vão levar a previsões mais precisas e melhorar a tomada de decisões. Além disso, espera-se que a IA seja ainda mais amplamente adotada em ambientes de trabalho, automatizando tarefas de rotina e aumentando a produtividade humana.
A rápida melhoria da tecnologia de IA requer um quadro regulamentar numa perspetiva ética. As soluções de IA como o deep-fake não podem ser isentas de legislação e as empresas devem usá-las de forma segura e ética. Devemos, portanto, olhar para a ética da IA como uma prioridade máxima em 2024.
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