O que é uma rede P2P (peer-to-peer)?
P2P é a sigla para peer-to-peer, ou pessoa para pessoa (ou par-a-par) em uma tradução direta. Essa é uma tecnologia de arquitetura descentralizada que permite que dispositivos únicos (ou peers) consigam realizar o compartilhamento direto de recursos e dados uns com os outros sem a necessidade de um servidor ou autoridade central. As redes P2P geralmente são utilizadas para compartilhamento de arquivos, comunicações e distribuição de aplicações.
Os peers (ou seja, os usuários) utilizam uma parte dos recursos dos próprios dispositivos (como capacidade de processamento, armazenamento, largura de banda, entre outros elementos) de forma direta com os outros peers da rede. Isso é feito sem a necessidade de hosts para realizar uma coordenação centralizada, em comparação com os modelos tradicionais de clientes e servidores nos quais o consumo e a disponibilização de recursos são preestabelecidos.
Os usuários que formam uma rede P2P são tanto fornecedores quanto consumidores de recursos.
O desenvolvimento das redes P2P
O próprio desenvolvimento da WWW (World Wide Web, ou seja, a internet propriamente dita) andou lado a lado com o desenvolvimento de recursos P2P. O objetivo era permitir trocas de dados e informações entre pessoas conectadas à internet de qualquer lugar do mundo, eliminando restrições geográficas e outras limitações que ainda tornavam o acesso às tecnologias de informática bastante restrito.
A ARPANET foi uma rede de peer-to-peer que permitia o livre compartilhamento de dados entre os dispositivos incluídos nela. Desta forma, os primeiros sistemas de P2P surgiram em redes internas (também chamadas de intranet ou de LAN).
Em maio de 1999, a internet já se popularizava cada vez mais e o Napster, um programa de compartilhamento de música e arquivos desenvolvido pelo programador e empresário Shawn Fanning, ajudou a disseminar ainda mais a tecnologia de P2P.
O início dos anos 2000 também foi o marco de ouro dos programas de compartilhamento peer-to-peer. Os torrents foram um passo fundamental no desenvolvimento do compartilhamento via P2P. Eles são arquivos de meta-info que contêm metadados com informações de arquivos e pastas que podem ser distribuídos e disseminados de forma descentralizada por diferentes dispositivos. No geral, estes arquivos são identificados pela extensão .torrent.
O Shareaza surgiu em 2000 (e é mantido pelos próprios usuários até hoje) e, em março desse mesmo ano, o LimeWire também apareceu no cenário digital (em 2007, ele já havia sido instalado em um terço de todos os computadores conectados à internet). Variações do LimeWire, como o FrostWire (que apareceu em setembro de 2004), LimeWire Pirate Edition (surgido em 2010) e até o relativamente recente MuWire (lançado em 2020) conquistaram grande popularidade.
Em 15 de setembro de 2003, surge o PirateBay, que ainda é um dos maiores índices de listagem de conteúdo disponibilizado via peer-to-peer no formato torrent.
O sistema de compartilhamento de torrentes BitTorrent apareceu em 2001 e foi fundamental para a estruturação de compartilhamento de torrent via peer-to-peer. Programas como o popular uTorrent continuam sendo bastante utilizados entre os usuários e permitem a distribuição gratuita e descentralizada de conteúdo.
As plataformas de P2P continuam sendo desenvolvidas e aprimoradas, seja em revisões e releituras de programas antigos ou através de novas soluções e aplicações.
Quais são as principais características do P2P?
As redes peer to peer conectam dispositivos de forma direta, sem necessidade de intermediação ou centralização. Esse funcionamento é bem diferente do tradicional, em que os dispositivos ficam conectados a um servidor central que faz todo o gerenciamento das comunicações entre eles.
As redes P2P têm algumas características fundamentais que as distinguem das redes convencionais. São elas:
- Não há a necessidade de um servidor central: não é necessário nenhum tipo de servidor central para que as conexões e transferências de arquivos sejam realizadas. Elas são feitas de forma descentralizada e independente entre os próprios usuários, através de seus dispositivos.
- Os downloads são mais rápidos: como os arquivos não são disseminados por um servidor único, mas sim compartilhados de múltiplas fontes, o download é feito através de diversos dispositivos, o que faz com que a velocidade dele seja muito maior.
- Maior estabilidade: as plataformas de P2P permitem maior estabilidade aos downloads e, caso haja perda de conexão, o conteúdo que já foi baixado não é perdido e o download pode ser retomado de onde parou.
- Difusão direta: as redes P2P permitem a difusão direta, democrática e acessível de arquivos e dados entre os usuários, sem a necessidade de intermediários.
- Privacidade: o rastreamento é mais difícil em conexões de redes P2P, o que oferece maior privacidade para os usuários.
- Maior escalabilidade: as conexões P2P permitem maior escalabilidade na medida em que mais usuários se conectam às redes e também começam a fazer o seed (transmissão) de arquivos.
Aplicações P2P
Há uma imensa variedade de aplicações populares de peer-to-peer atualmente, mas algumas delas são mais difundidas e recebem mais destaque do que outras, seja pelo melhor nível de confiabilidade do conteúdo compartilhado ou pelos acervos significativos:
- Soulseek: ferramenta de compartilhamento de arquivos de música via peer-to-peer.
- uTorrent: software de compartilhamento de arquivos em .torrent na estrutura BitTorrent.
- Shareaza: software de código aberto para compartilhamento de arquivos no sistema peer-to-peer voltado especialmente para sistemas operacionais Windows.
- Torlock: programa de compartilhamento P2P de arquivos .torrent considerado bastante confiável e seguro.
- 1337X: indexador de arquivos .torrent para compartilhamento e download.
- Nyaa: indexador de arquivos .torrent focado especialmente na disseminação de conteúdo de anime.
- Zooqle: plataforma de compartilhamento de arquivos via P2P com interface intuitiva para novos usuários.
- The Pirate Bay: website de indexação e listagem de arquivos .torrent para compartilhamento peer-to-peer, muito utilizado para disseminação de games, sistemas operacionais e filmes, além de conteúdo diverso como música e livros.
Vale a pena lembrar que o conteúdo compartilhado via P2P não é totalmente seguro, afinal, não há uma checagem centralizada do conteúdo compartilhado pelos próprios usuários das redes. Por isso, é essencial fazer uma boa pesquisa e verificação antes de realizar downloads através destas plataformas.
Como o sistema P2P funciona?
Os sistemas (ou redes) P2P funcionam como uma imensa rede de dispositivos espalhados pelo mundo, todos interconectados através de um mesmo software. Então, os dispositivos se conectam por meio de uma conexão virtual permitida pelo software de P2P, que fornece acesso a sistemas usados para possibilitar a troca de informações e dados entre os usuários. Estes usuários formam a própria rede P2P e a alimentam.
Um ótimo exemplo de software P2P é o uTorrent. Por meio dele, os diversos usuários compartilham uma infinidade de programas, aplicações, arquivos, filmes, músicas, sistemas operacionais e recursos uns com os outros. Nesse funcionamento, cada dispositivo atua como um servidor para formar a rede P2P.
Quando você baixa um programa de edição de vídeos direto do site do desenvolvedor, por exemplo, geralmente você faz o download através de um servidor central no qual os arquivos ficam disponíveis. Se você baixar o mesmo programa através de sistemas P2P, o download será feito a partir de múltiplas fontes chamadas de seeders (ou semeadores) que compartilham o arquivo com os outros usuários da rede.
Quanto mais pessoas fazem parte de uma rede P2P e disseminam arquivos, mais rápido é o processo de download e de disponibilização e compartilhamento destes arquivos.
Quem faz parte das redes P2P?
Qualquer pessoa pode fazer parte de uma rede P2P para compartilhar e baixar arquivos através de programas de fácil acesso, geralmente de forma gratuita.
As redes P2P são formadas por:
- Peers: os peers (pares) são os clientes que implementam o protocolo BitTorrent.
- Seeders: são os clientes que já possuem um conteúdo em sua totalidade e disponibilizam o conteúdo para que outros usuários possam baixá-lo.
- Leechers: são os clientes que se conectam à rede P2P apenas para baixar um arquivo, mas sem ajudar na disseminação (ou seja, no processo de seeding) deles. Eles são chamados de leechers (sanguessugas) de forma pejorativa porque, diferentemente dos seeders, não contribuem para a manutenção e ampliação das redes P2P.
Exemplos de utilização do P2P
A tecnologia P2P é utilizada em uma grande variedade de aplicações e recursos. Estes são alguns exemplos de casos nos quais as redes P2P são utilizadas:
Redes de compartilhamento de arquivos
A tecnologia P2P permite o compartilhamento de arquivos de forma direta entre os usuários. Nestas redes, os clientes fornecem e recebem recursos, fazendo com que a capacidade de disseminação de conteúdo seja muito mais ampla do que a das redes convencionais, que dependem de um ou de alguns servidores centrais.
BitTorrent, Deluge, Vuze, Transmission, qBitTorrent e o famoso uTorrent são alguns exemplos de software que permite a transmissão e o recebimento de arquivos e dados na modalidade P2P. O compartilhamento P2P foi bastante popularizado por redes como G2, eDonkey e Gnutella.
Filmes, músicas, fotos, games, sistemas operacionais e uma infinidade de outros formatos e tipos de conteúdo são compartilhados nas redes P2P.
Difusão de streaming
As redes P2P também permitem que as pessoas consumam filmes, séries, programas de TV, videoclipes, transmissões de jogos e outros tipos de conteúdo de streaming. Isso é possível graças ao gerenciamento eficiente dos recursos de conectividade e banda e de disseminação de arquivos.
Compartilhamento de mídia
O P2P também permite o compartilhamento de mídia de forma dinâmica e rápida, como o P2PTV (peer to peer TV), aplicações de software projetadas para permitir a redistribuição de streaming de vídeo em tempo real em redes P2P (no geral, canais de TV do mundo inteiro).
Há também o PDTP (peer distributed transfer protocol, ou protocolo de transferência distribuída entre pares), um protocolo de internet criado para permitir que arquivos sejam transferidos partindo de um servidor central para uma rede P2P. O protocolo é parecido com o BitTorrent, mas também permite a distribuição de mídia de streaming.
Transações de criptoativos
As transações com criptomoedas como Bitcoin e Ethereum dependem de redes P2P para serem executadas. As redes P2P permitem o envio e recebimento direto de criptoativos e colaboram com a descentralização das criptomoedas estruturadas em tecnologia blockchain.
O P2P garante maior cibersegurança, independência e privacidade para todas as partes envolvidas nas transações com criptoativos.
Aplicativos de comunicação
Aplicativos de mensagens instantâneas como Telegram e WhatsApp também têm como base a tecnologia P2P. Ela permite conversas com maior nível de segurança e privacidade, tudo em tempo real. Os emissores e os receptores das mensagens agem como elementos em uma rede P2P, o que também dificulta a interferência e intromissão de terceiros no conteúdo que é compartilhado.
P2P para DeFi
O P2P também viabiliza transações em DeFi (decentralized finances, ou finanças descentralizadas), trocas financeiras entre usuários através de diversas aplicações com base em blockchain (como Ethereum e Bitcoin, por exemplo). As transações em DeFi eliminam a necessidade de intermediários, como instituições bancárias e financeiras tradicionais.
P2P para CDN
A tecnologia P2P também é fundamental para estruturar as chamadas CDN (content delivery networks, ou redes de entrega de conteúdo). Elas são redes usadas para realizar o caching de conteúdo em servidores edge localizados próximo aos usuários e que, com o P2P, conseguem realizar a redistribuição do conteúdo para uma rede inteira de pares (os peers).
P2P para IoT
O P2P também é essencial para a IoT (internet of things, ou internet das coisas), permitindo a conexão de múltiplos dispositivos smart e sistemas de automação de forma descentralizada. Isso ajuda a evitar sobrecargas em servidores e gargalos e ainda possibilita conexões mais rápidas e, consequentemente, ações mais rápidas. Além disto, os recursos de P2P oferecem mais segurança para os dispositivos de automação ao evitar que eles sejam afetados por ciberataques a servidores centrais.
P2P para games
Muitos games podem utilizar recursos P2P para permitir o compartilhamento de arquivos entre os jogadores (como utilitários, mods, dicas, entre outras coisas), além de possibilitar partidas multiplayer com melhor desempenho e otimização da entrega de dados, evitando problemas com lag, ping alto, delay e desconexão. Além disto, ao permitir que os jogos sejam executados em redes estruturadas pelos próprios jogadores, o P2P os torna independentes de servidores únicos e centralizados.
Quais são os tipos de redes P2P?
Há dois tipos principais de redes peer-to-peer: as redes estruturadas e as redes que não são estruturadas.
Redes P2P estruturadas
As redes de P2P estruturadas são redes nas quais os nodos (ou nós) são estruturados de uma forma lógica e preestabelecida. Elas são organizadas em topologias específicas com protocolos que garantem que todos os nodos consigam procurar pelos recursos solicitados pelos usuários de forma eficaz.
A DHT (distributed hash table, ou tabela hash distribuída) é o tipo mais comum de implementação de rede P2P estruturada. Nela, uma variedade de hashing consistente é usada para atribuir a propriedade de cada arquivo a um par específico, possibilitando que os pares procurem por recursos na rede P2P através de uma tabela (hash table), ou seja, através de uma lista de valores usados para identificar os arquivos que ficam associados às chaves.
Para funcionar de maneira eficaz, cada nodo precisa manter uma lista dos nodos próximos para atender a critérios específicos estabelecidos para a rede P2P. A rede Kad, a botnet Storm, YaCy e o Tixati são alguns exemplos de recursos que usam redes P2P estruturadas para funcionar.
Então, para simplificar, as redes P2P estruturadas exigem que cada nodo atenda a certos critérios para estabelecer conexões com outros nodos e impõem uma estrutura prévia para o funcionamento da rede P2P.
Redes P2P não estruturadas
Ao contrário das redes peer-to-peer estruturadas, as redes peer-to-peer que não são estruturadas são estabelecidas sem uma organização prévia, sem impor nenhuma estrutura particular sobre a rede. Em vez disso, elas são formadas por nodos que se conectam uns com os outros de forma aleatória.
Kazaa, Gnutella e Gossip são alguns exemplos de protocolos P2P que funcionam de forma não estruturada. O Napster foi um dos primeiros sistemas P2P de grande popularidade que foi estabelecido de forma não estruturada.
As redes P2P não estruturadas são as mais comuns e é por meio delas que geralmente os usuários fazem compartilhamentos de dados, arquivos e conteúdo em geral.
As vantagens do P2P
O compartilhamento peer-to-peer oferece diversos benefícios aos usuários. Alguns dos principais são:
- Maior nível de controle: o compartilhamento P2P garante mais controle aos usuários, que podem participar de forma ativa no sistema, sem nenhuma dependência com relação a terceiros.
- Mais privacidade online: serviços P2P garantem um nível mais elevado de privacidade online porque tornam o rastreamento de dados e atividades mais difícil.
- Versatilidade e dinamismo: redes P2P podem ser usadas para diversas finalidades, do compartilhamento de arquivos até transações com criptomoedas e troca de mensagens instantâneas.
- Custos reduzidos: é mais barato manter redes P2P do que manter infraestruturas complexas de servidores tradicionais.
- Compartilhamento de conteúdo ocioso: as redes de peer-to-peer também permitem o compartilhamento de recursos que são ociosos, como capacidade de processamento, capacidade de armazenamento e outros recursos, garantindo maior eficiência para o compartilhamento entre os usuários.
- Menos suscetibilidade à censura: o compartilhamento P2P também dificulta ações de censura e bloqueio de conteúdo, já que as trocas são feitas entre os próprios usuários e não dependem de servidores ou provedores centrais. Este ponto é fundamental para garantir o acesso à informação em países e regiões com alto nível de censura e restrições.
Os desafios e riscos do P2P
A tecnologia P2P em si é totalmente válida. O compartilhamento de arquivos e dados entre usuários não é ilegal. Mas a legalidade do que é compartilhado depende de cada conteúdo.
Usar uma rede P2P para distribuir software open source com licença aberta (ou qualquer conteúdo de autoria própria) é totalmente legal, por exemplo, mas utilizar essa tecnologia para distribuir versões pirateadas de programas pode infringir questões de direitos autorais.
A legalidade dos serviços P2P varia de país para país. No Brasil, por exemplo, a lei 9610 de 1998 aborda questões de direitos autorais e oferece exceções para que as obras sejam utilizadas sem autorização prévia por parte dos detentores da obra.
As pessoas podem acessar trechos pequenos ou partes do conteúdo para uso pessoal, por exemplo, mas não podem ter acesso integral ao conteúdo protegido por direitos autorais. Em relação à distribuição do conteúdo, ela só é permitida com autorização prévia dos detentores dos direitos autorais. A prática de compartilhar conteúdo de terceiros sem a devida permissão é considerada pirataria e, no Brasil (assim como em diversos outros países) essa prática é considerada crime.
A tecnologia P2P já é parte fundamental do nosso cotidiano e representa um avanço imenso no compartilhamento de dados, serviços e informações. Mas há alguns riscos envolvidos no uso de P2P que precisam ser levados em consideração:
- Riscos de segurança: redes P2P podem ser afetadas por vulnerabilidades de cibersegurança como disseminação de malware. Como não há uma garantia sobre o conteúdo compartilhado, os usuários ficam muito vulneráveis à disseminação de conteúdo nocivo. Ao baixar um arquivo via P2P, a sua segurança depende da idoneidade de quem realiza o compartilhamento do material.
- Instabilidade no desempenho: o desempenho das redes peer-to-peer pode variar bastante e redes com muitos usuários ativos e poucos seeders (disseminadores) podem enfrentar problemas de oscilação na velocidade de download. Também pode haver uma alta latência durante períodos de maior demanda.
- Problemas de direitos autorais: outro problema com as redes P2P são as infrações contra conteúdo protegido por direitos autorais. O compartilhamento de material protegido por copyright sem autorização é crime, além de deixar os usuários vulneráveis a conteúdo malicioso que pode vir embutido nas versões pirateadas.
- Dependência em relação aos usuários: apesar de ser uma grande vantagem, a descentralização das redes P2P também tem o seu lado negativo, já que estas redes ficam dependentes do nível de participação dos próprios usuários para funcionar de modo adequado. Se a maioria dos usuários não realiza o seed de conteúdo, as redes P2P podem sofrer estagnação ou até mesmo não funcionar. Nesses casos, as pessoas não conseguem baixar o conteúdo disponibilizado.
- Dificuldade na resolução de problemas: a descentralização das redes P2P também significa uma maior dificuldade na correção de problemas técnicos, falhas de segurança e no gerenciamento como um todo.
- Exposição de dados pessoais: as redes P2P podem ser vulneráveis dependendo do tipo de protocolo de segurança utilizado. Isso faz com que os usuários fiquem expostos a situações como vazamento de dados pessoais e conteúdo malicioso em geral, o que pode gerar problemas sérios de cibersegurança e privacidade online.
O uso de redes P2P exige vários cuidados em relação à segurança cibernética. Muitas pessoas optam por utilizar recursos adicionais que reduzem as vulnerabilidades e os pontos negativos do compartilhamento peer-to-peer, como plataformas mais confiáveis, software VPN (confira nosso guia para saber se VPNs são legais) e ferramentas antivírus profissionais.
Como usar redes P2P com mais segurança?
Apesar das vulnerabilidades e riscos envolvidos no compartilhamento de arquivos peer-to-peer, você pode adotar algumas medidas que ajudam a reduzir estes problemas e garantem uma experiência mais segura com a tecnologia P2P. Veja algumas delas:
- Verifique a confiabilidade da fonte: antes de usar uma aplicação, indexador, plataforma ou website de P2P, verifique o nível de confiabilidade do serviço. Algumas plataformas são conhecidas por oferecer um nível melhor de segurança e integridade em relação ao conteúdo compartilhado.
- Confira análises de outros usuários: antes de baixar um arquivo específico, verifique o que outras pessoas falam a respeito do conteúdo. É comum que muitos usuários alertem para conteúdos nocivos compartilhado via P2P.
- Use uma boa VPN: com uma boa VPN, a sua conexão recebe um nível mais robusto de segurança e criptografia e você fica mais protegido contra conteúdo e páginas maliciosas usadas para compartilhar conteúdo nocivo via peer-to-peer.
- Use um dispositivo seguro: tenha um bom antivírus ativo no seu dispositivo e o mantenha sempre atualizado. Evitar vulnerabilidades no dispositivo ajuda a identificar possíveis ameaças e a eliminá-las, evitando prejuízos causados por conteúdo malicioso compartilhado via P2P e que pode vir embutido nos downloads.
P2P (peer-to-peer) e VPN
Muitas ferramentas VPN possuem recurso de P2P embutido. A principal vantagem de uma VPN com P2P é contar com servidores que fornecem conexão virtual segura, além de ter a garantia de maior privacidade online e menor vulnerabilidade em relação a intrusos, cibercriminosos e atividades maliciosas online.
Além disto, servidores VPN P2P garantem que você não sofra com desconexão ao utilizar recursos de peer-to-peer, já que muitas ferramentas convencionais de VPN reduzem o serviço ou desconectam os usuários quando identificam uma atividade P2P.
Uma das principais vantagens de utilizar VPN junto aos serviços de compartilhamento P2P é garantir segurança para reduzir as vulnerabilidades do compartilhamento peer-to-peer.
A NordVPN conta com a funcionalidade de Proteção Contra Ameaças Pro que identifica e bloqueia páginas e conteúdo malicioso online, tornando os seus downloads mais seguros. Além disto, o recurso de Kill Switch garante proteção adicional ao encerrar a conexão VPN caso algo seja identificado, o que ajuda a evitar ações maliciosas no seu dispositivo.
Antes de escolher uma ferramenta VPN, é importante observar alguns critérios fundamentais:
- Segurança e privacidade: verifique se a VPN oferece um bom nível de privacidade e procure saber se o serviço registra as atividades dos usuários. As melhores opções mantêm uma política de no log, ou seja, não manter registros das atividades dos usuários.
- Conexões simultâneas: procure saber se a VPN oferece a possibilidade de conexão de múltiplos dispositivos simultaneamente.
- Protocolos VPN utilizados: também é importante saber quais protocolos são usados pela VPN (OpenVPN, WireGuard ou IKEv2/IPSec).
- Número de servidores: quanto mais opções de servidores em diferentes localizações, melhor. Isto permite acesso a mais conteúdo, além de oferecer mais dinamismo para suas conexões via VPN.
- Suporte e facilidade de uso: prefira um software VPN que tenha interface intuitiva e que ofereça um bom suporte ao consumidor.
- Garantia de reembolso: as opções que permitem um período gratuito de teste e oferecem a possibilidade de obter reembolso caso haja algum problema ou inconsistência no serviço oferecido são consideradas mais confiáveis.
- Melhor desempenho: analise informações sobre o impacto da VPN na qualidade da sua conexão e no funcionamento do seu dispositivo, assim como os requisitos de sistema.
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