Cloud computing: o que é e como funciona

Talvez você já tenha visto este termo, ou esta pode ser a primeira vez que você ouve falar em cloud computing. Também chamado de computação em nuvem, o termo designa tecnologias que utilizam conexão com a internet para fazer a hospedagem de diversos recursos, como software, informações, bancos de dados, entre outros.

Assim, a computação em nuvem possibilita que as pessoas consigam acessar estes recursos através de qualquer dispositivo com conexão com a internet.

A computação em nuvem já faz parte do nosso cotidiano em uma imensa quantidade de aplicações, sistemas, plataformas e serviços. Se você usa plataformas de streaming como Netflix, HBO Max ou Amazon Prime, aplicativos de músicas como Spotify e Deezer e acessa arquivos pelo Google Docs ou armazena arquivos em serviços de nuvem como Google Drive, então você tem contato com recursos de computação em nuvem.

Você consegue assistir filmes e acessar documentos sem precisar fazer download deles, e tudo isto graças às tecnologias de computação em nuvem, eles permitem o acesso ao conteúdo por meio de um navegador web e uma conexão com a internet.

Estes são apenas alguns exemplos de serviços online que oferecem acessibilidade e que só são possíveis graças às tecnologias de computação em nuvem.

De uma forma mais simples, a computação em nuvem funciona através de servidores remotos usados para permitir a conexão entre os dispositivos dos usuários e os recursos mantidos de forma centralizada.

É através destes servidores que você consegue acessar os serviços e plataformas de qualquer local, sempre que tiver conexão com a internet.

Nós podemos categorizar a computação em nuvem em quatro formas ou tipos: a privada (ou particular), a pública, a híbrida e a comunitária. Cada uma delas atende necessidades e propósitos diferentes.

Para decidir qual é a melhor opção, você precisa analisar suas necessidades e definir qual te atende da melhor forma. Vamos entender melhor cada uma delas:

Computação em nuvem privada

Na nuvem privada, a infraestrutura da nuvem é mantida em um domínio interno com acesso só para um grupo específico de pessoas. Esta categoria de computação em nuvem é muito usada por empresas para garantir a segurança do ambiente e evitar ataques cibernéticos que comprometem a integridade das informações e dados da empresa e das pessoas que fazem parte dela.

A nuvem privada permite a personalização das configurações de acordo com as necessidades da empresa, o que possibilita a otimização dos recursos para um melhor desempenho.

Para as empresas, corporações e organizações, a computação em nuvem privada também facilita o cumprimento de normas e leis sobre segurança e privacidade das informações.

Computação em nuvem pública

Ao contrário da nuvem privada, a nuvem pública serve para disponibilizar recursos e serviços para o público em geral, e não apenas para um ambiente corporativo. Praticamente qualquer pessoa pode criar uma conta, se cadastrar e obter acesso aos recursos armazenados na nuvem, desde que atenda aos critérios exigidos pela plataforma.

Na nuvem pública, os usuários é que são responsáveis pelo conteúdo enviado e armazenado na nuvem, como arquivos, dados, backups e outros recursos. O provedor da nuvem pública realiza a manutenção da plataforma, gerencia os recursos e garante a segurança dos dados armazenados pelos usuários.

Aqui, os arquivos são compartilhados com a internet como um todo e entre os usuários que fazem uso do serviço. Se você quiser que uma pessoa acesse seu Google Drive para assistir um filme, por exemplo, é só compartilhar o arquivo através de permissões de acesso.

Computação em nuvem híbrida

A terceira categoria é uma mistura de elementos da nuvem privada e da nuvem pública, como o nome sugere. Os serviços de nuvem híbrida permitem o compartilhamento de dados, informações, programas e recursos entre os outros dois tipos de nuvem.

Muitas empresas e instituições escolhem elementos específicos de cada tipo de computação em nuvem para garantir soluções da melhor forma possível.

Uma empresa pode usar recursos de computação em nuvem privada para armazenar arquivos mais confidenciais e sensíveis, por exemplo, enquanto usa recursos de nuvem pública para compartilhar arquivos com os clientes, parceiros e usuários.

Computação em nuvem comunitária

Outra categoria é a da computação em nuvem comunitária, que é quando diferentes pessoas, empresas, grupos ou organizações se reúnem para criar e compartilhar uma mesma nuvem para permitir trabalhos, projetos e ações em conjunto para atingir objetivos específicos.

A computação em nuvem possibilita uma série de ferramentas, recursos, serviços e funcionalidades às empresas e pessoas. E, basicamente, as utilidades da computação em nuvem podem ser categorizadas em três grupos: SaaS, PaaS e IaaS.

SaaS (Software as a Service)

Os primeiros recursos de armazenamento centralizados foram criados na década de 1960 com os provedores mainframe da IBM, o que permitia o compartilhamento de capacidade de processamento e de dados entre os computadores de uma rede.

Nos anos 1990, os recursos foram expandidos para uma nova classe de computação centralizada, chamada de ASP (Application Service Providers, ou Provedores de Serviços de Aplicativos).

A SaaS (Software as a Service, ou Software como Serviço) é um modelo de licenciamento e entrega de software através do qual um programa é oferecido através de um sistema de assinaturas e mensalidades. Muitos recursos em SaaS também são disponibilizados de forma gratuita, muitas vezes em

O SaaS também é chamado de on-demand software, web-based software ou web-hosted software. Os recursos de SaaS são acessados através de navegadores web e já são incorporados por praticamente todas as empresas de tecnologia.

Serviços e programas como WhatsApp, Telegram, Linkedin, Facebook, Instagram e Skype (além de serviços de e-mail) são exemplos de SaaS.

PaaS (Platform as a Service)

A PaaS (Platform as a Service, Plataforma como Serviço), é uma categoria de serviço de computação em nuvem que permite às pessoas armazenar, inicializar, executar e gerenciar plataformas de computação e aplicações sem a complexidade de precisar construir e manter toda uma infraestrutura associada ao desenvolvimento e execução de aplicações, permitindo aos desenvolvedores criar e desenvolver softwares.

Na PaaS, há todo um ambiente para o desenvolvimento on demand. Uma das vantagens dele é a inclusão e integração dos principais recursos necessários para desenvolver, executar e aprimorar aplicações Web ou aplicações mobile.

A PaaS é muito usada para desenvolver e melhorar os recursos que são usados pelos usuários através dos próprios serviços de nuvem.

IaaS (Infrastructure as a Service)

A Infrastructure as a Service (Infraestrutura com Serviço) é outro modelo de serviço de computação em nuvem por meio do qual os recursos de computação são fornecidos por um provedor de armazenamento em nuvem.

O provedor de IaaS fornece o armazenamento, a rede, os servidores e a virtualização (que, em geral, se refere à emulação de hardware). Empresas podem alugar serviços de IaaS para ter acesso a servidores que permitem gerenciar aplicações e disponibilizá-las aos usuários, por exemplo. No geral, este serviço é mais simples e barato do que a manutenção de servidores físicos e infraestrutura por conta própria.

A utilização dos recursos é feita seguindo as necessidades da empresa. Se o cliente precisa de mais recursos, ele usa mais da infraestrutura e paga de acordo com este uso.

Se ela precisar de menos recursos, os ajustes são feitos de acordo com as novas necessidades – o que é diferente de investir em toda uma infraestrutura para depois precisar fazer alterações por conta própria. Neste caso, os custos seriam muito maiores.

Há inúmeros serviços, empresas e plataformas que usam computação em nuvem como parte importante ou até mesmo central dos processos.

Entretenimento

A plataforma de jogos eletrônicos Epic Games e a Netflix são alguns exemplos de indústrias de entretenimento que têm nos serviços de nuvem parte fundamental da disponibilidade de mídias aos usuários.

Hoje, é impensável imaginar o funcionamento de serviços e plataformas de streaming e de games sem serviços de armazenamento em nuvem.

Educação

Inúmeras instituições de ensino já utilizam serviços em nuvem para disponibilizar plataformas de aprendizado à distância (EAD), acesso a bibliotecas virtuais e aulas online.

A Universidade de Oxford, por exemplo, conta com plataformas acessíveis através de recursos de computação em nuvem, dando mais mobilidade aos alunos e professores.

Saúde

Empresas da área de saúde e instituições hospitalares contam cada vez mais com recursos em nuvem para desenvolver pesquisa, gerenciar o tratamento de pacientes e ter uma melhor leitura das métricas que ajudam a saber mais sobre a saúde da população.

AstraZeneca, Moderna e GE Healthcare são alguns dos exemplos de empresas da área da saúde que usam recursos de computação em nuvem. No Brasil, o SUS (Sistema Único de Saúde) armazena dados em serviços em nuvem, o que permite o gerenciamento mais otimizado dos dados relativos à saúde dos brasileiros.

Comércio online

Os serviços de armazenamento em nuvem também permitem a dinamização do comércio e das compras online. Plataformas como Amazon, Mercado Livre, Shopee, AliExpress e muitas outras conseguem mais agilidade e dinamismo no gerenciamento de milhões de transações através das tecnologias de nuvem.

Há inúmeras outras áreas nas quais as tecnologias de computação em nuvem já são fundamentais e que não poderiam existir sem elas, pelo menos não com o mesmo nível de praticidade e eficiência.

A computação em nuvem oferece uma quantidade imensa de potenciais e vários benefícios para as pessoas. Mas, como nada é perfeito, ela também tem suas limitações e riscos.

Vantagens

Há vários benefícios proporcionados pela computação em nuvem e nós podemos destacar os principais deles:

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  Redução de custos: a computação em nuvem permite uma diminuição considerável de gastos com aquisição de hardware, investimento em infraestrutura, custos com software e manutenção, por exemplo.
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  Dinamismo no uso de recursos: a possibilidade de ajustar o uso de recursos de acordo com as necessidades evita desperdícios e excessos de alocação de infraestrutura.
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  Economia de espaço físico: os serviços em nuvem permitem o armazenamento online, o que exige menos estrutura física e permite melhor uso dos espaços. Você não precisa de vários servidores em uma sala, por exemplo, já que pode contratar serviços de nuvem para atender suas necessidades.
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  Centralização de dados e informações: outro benefício é permitir que todo um conjunto de dados m ser mantidos em um só lugar, facilitando o acesso a eles.
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  Trabalho remoto: os serviços em nuvem facilitam o trabalho remoto. Funcionários de uma empresa podem acessar ambientes virtuais para executar tarefas relacionadas ao trabalho de qualquer lugar com acesso à internet.
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  Implementação rápida a nível global: os serviços em nuvem permitem implementar programas, plataformas e recursos com muita agilidade, e tudo com acesso a praticamente qualquer lugar do mundo, facilitando a expansão dos serviços.
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  Mais agilidade e rapidez: os serviços em nuvem permitem acesso rápido e fácil a programas, plataformas, ambientes, aplicações e uma série de outras coisas.
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  Mais capacidade de armazenamento: você não sofre com as restrições dos seus armazenamentos físicos, já que pode contar com o armazenamento dos servidores de computação em nuvem.
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  Mais velocidade: os serviços em nuvem contam com tecnologias de nível corporativo, o que garante mais velocidade na execução dos programas e serviços, o que significa uma melhora de desempenho como um todo.
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  Backups e recuperação de dados: a possibilidade de criar backups e recuperar arquivos é outra vantagem importante. Isto diminui prejuízos com ataques cibernéticos, perda de arquivos ou danos nas mídias físicas de armazenamento.

Desvantagens

A computação em nuvem também apresenta limitações que precisam ser levadas em consideração:

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  Dificuldade de migração: depois de selecionar um provedor de armazenamento em nuvem, é muito complicado fazer a migração dos dados e plataformas para outro serviço.
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  Ausência de controle total: com o armazenamento dos dados em servidores de outra empresa, o controle das configurações de armazenamento por parte dos usuários é bem limitado, diferente do que acontece com o armazenamento de dados e programas em mídias físicas de armazenamento próprias.
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  Questões de segurança e privacidade dos dados: apesar de oferecerem um bom nível de segurança, serviços em nuvem também são suscetíveis a ataques cibernéticos e vazamento de dados, o que coloca as informações dos usuários em risco. Em 2014, por exemplo, os dados de usuários da Dropbox foram vazados após um ataque contra o serviço de armazenamento em nuvem que usou falhas de segurança da empresa, expondo mais de 7 milhões informações de login.
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  Exigência de conexão com a internet: você pode acessar seus arquivos armazenados nas suas mídias físicas quando quiser, mas não vai conseguir acessar o que estiver armazenado em nuvem se não tiver conexão com a internet.
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  Desativação do serviço de nuvem: como os arquivos ficam armazenados por empresas, pode haver perda das informações e dados caso a prestação de serviço seja descontinuada.

A resposta é mais complexa do que um simples sim ou não. De forma geral, todo dispositivo, serviço, programa e plataforma contém vulnerabilidades e está suscetível a algum tipo de ameaça em maior ou menor grau, e não é diferente com a computação em nuvem.

Os serviços mais confiáveis oferecem sim uma boa estrutura de segurança, incluindo criptografia, firewall, e mecanismos de backup para lidar com possíveis ataques e perdas. Além disto, as empresas precisam obedecer a uma série de exigências legais para lidar com arquivos, dados e informações das pessoas, e tudo isto envolve medidas de cibersegurança.

Mas nem todos os provedores de serviços em nuvem obedecem a estes critérios e há vários deles que não estabelecem uma boa criptografia dos dados. Assim, elas são muito suscetíveis a ataques de ransomware, vazamento de dados e outras ameaças cibernéticas.

Como as plataformas em nuvem concentram os dados e informações de uma quantidade massiva de pessoas, elas se tornam muito visadas por cibercriminosos. Vazamentos de dados são um problema real e os prejuízos (não só para as empresas, mas para os usuários como um todo) são muito significativos.

A computação em nuvem já faz parte do presente. E o futuro dela é bastante promissor. Com o desenvolvimento das tecnologias de inteligência artificial (incluindo chatbots avançados, como o ChatGPT), a integração de dispositivos inteligentes pela Internet das Coisas (a IoTv), os recursos de computação em nuvem se tornam cada vez mais essenciais porque há uma demanda crescente por mais acessibilidade, dinamismo e praticidade.

O aumento considerável da modalidade de trabalho remoto (o home office) também ampliou as necessidades de plataformas de acesso remoto que só podem existir graças aos serviços de armazenamento em nuvem, e a tendência é que isto se amplie com o tempo.

Além disto, os desafios de segurança exigem atualizações e respostas mais rápidas, e a implementação destas melhorias é muito facilitada pelas tecnologias de computação em nuvem, tanto para o desenvolvimento quanto para a efetivação delas.

Com softwares cada vez maiores, as capacidades de armazenamento para as pessoas e empresas também precisam ser expandidas. E os serviços de nuvem permitem esta ampliação.

Então, é bastante seguro dizer que os serviços em nuvem vão ganhar cada vez mais destaque e se tornar mais e mais indispensáveis. Os desafios existem, tanto na manutenção dos servidores quanto na integração de medidas de cibersegurança. Afinal, bilhões de pessoas têm os dados armazenados em nuvem, seja de forma direta (enviando arquivos pessoais para serviços de armazenamento) ou indireta (através de empresas que usam estas tecnologias).